08 maio 2008

Amarelou ?

Na partida de ida no México, o Flamengo conseguiu uma goleada por 4-2, que lhe dava o direito de perder por dois gols de diferença (2-0 ou 3-1), além das vantagens de qualquer empate, derrota por um gol (qualquer placar), isso sem contar o fator casa e motivação.

O fator casa porque o Maracanã recebeu aproximadamente 50.000 pessoas dispostas a empurrar o Mengão, como já é praxe, e a motivação era tripla.

Em primeiro lugar, o time vinha da conquista de um título há três dias, quando venceu o Botafogo na final do estadual, a segunda grande motivação é que esse seria o jogo de despedida do técnico Joel Santana, que vai dirigir a seleção sul-africana. Antes da partida, muita festa para o treinador, os jogadores fizeram até um corredor e Joel foi aplaudido ao entrar em campo. A diretoria rubro-negra o homenageou com uma placa e uma camisa, com o número 1.000, assinada por todos os atletas, e a maior motivação era avançar às quartas-de-final da Taça Libertadores, grande objetivo do clube no semestre, ou talvez no ano.

O único resultado favorável ao América do México seria uma vitória por três gols de diferença, ou mais. As chances eram mínimas dadas as circunstâncias. E adivinhem qual foi o placar do jogo.

América 3-0 Flamengo.

Nem o mais otimista do torcedor mexicano esperava isso. O Flamengo jogou bem, criou diversas chances de gol, acertou bola na trave, exigiu boas defesas de Ochoa, mas defensivamente foi uma tragédia. O América atacou quatro vezes e fez três gols (dois deles do centroavante Cabañas), silenciando o estádio e garantindo vaga nas quartas-de-final da maneira heróica e inesquecível (para os dois times).

Resta ao Flamengo disputar o Campeonato Brasileiro e tentar chegar de novo entre os quatro melhores para voltar em 2009 a disputar a taça mais cobiçada do continente.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e ficou surpreso com a eliminação rubro-negra da forma como ela ocorreu.

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