Não foi desta vez que o Liverpool fez valer a forte pressão do estádio Anfield. Mesmo com domínio da partida, o time do técnico Rafa Benítez cedeu empate ao Chelsea (1-1), com gol contra de Riise aos 49 do segundo tempo. Com isso, o clube londrino joga por uma igualdade sem gols na volta para ir à final da Liga dos Campeões.
"Hoje (terça-feira) demos um grande passo, foi um resultado muito bom. Controlamos o jogo, mas não havia muitas chances. Foi uma semifinal típica", celebrou o treinador do Chelsea, Avram Grant. Terceiro maior vencedor da competição européia com cinco títulos, o Liverpool precisa vencer fora de casa, dia 30, para garantir a vaga na decisão. Um empate por um placar a partir de 2-2 também leva o time à final da Liga dos Campeões pela terceira vez nos últimos quatro anos. Já o Chelsea tenta evitar a terceira eliminação para o rival inglês na semifinal da Liga. Após ficar entre os quatro melhores clubes do torneio continental nas últimas cinco temporadas, o Chelsea foi superado pelo Liverpool em 2005 e 2007 na mesma fase do campeonato.
E para conseguir o feito, o time da capital britânica conta a seu favor com o excelente retrospecto no estádio Stamford Bridge. Isso porque o Chelsea não é derrotado em casa há 26 meses. Quem avançar no jogo da volta irá enfrentar o vencedor de Barcelona e Manchester, que entram em campo nesta quarta, no Camp Nou.
Antes da partida, o técnico Avram Grant revelou que daria prioridade à marcação para o Chelsea não sofrer gols no estádio Anfield. Apesar da formação mais defensiva, apenas com Drogba avançado, os visitantes viram a chance de avançar e não ficaram recuados no início do confronto. Já os donos da casa tiveram dificuldades para manter a bola no meio-campo, mas criaram oportunidades na frente com lançamentos da defesa. Aos 12 minutos Kuyt recebeu bom passe de Xabi Alonso e desperdiçou grande chance dentro da área em defesa de Petr Cech. Aos poucos, o Liverpool começou a pressionar como era esperado e praticamente mandou no jogo todo.
Aos 30 minutos, foi a vez de Fernando Torres ficar na frente de Cech e finalizar em cima do goleiro. Foi somente a três minutos do intervalo que os anfitriões saíram na frente. Kuyt aproveitou rebote dentro da área após falha de Lampard e chutou forte para abrir o placar. Aliás, deve-se reconhecer aqui a garra do jogador holandês que cruzou a bola na área, a zaga tirou ele voltou pra brigar, tomou ela do Lampard e ainda foi pra área receber o passe pra mandar a bola pro gol.
Na frente do marcador, a motivação do Liverpool só aumentou no começo da segunda etapa. A equipe de Rafa Benítez apostou nos lances pelas laterais e impediu que o Chelsea criasse algo na frente, a não ser por jogadas de contra-ataque.
Com o decorrer da partida, o Liverpool cedeu alguns espaços ao Chelsea, que aproveitou a queda de ritmo dos adversários nos últimos minutos e voltou a levar perigo à meta de Reina. Mesmo com a pressão crescente até o apito final, os visitantes erraram muito nas assistências em volta da área rival. Foi só com o ridículo gol contra de Riise após cruzamento da esquerda que garantiram o empate, aos 49 minutos.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e não gostou nada desse gol contra no final da partida.
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