16 maio 2008

Salvador Cabañas

Não era dia do Peixe. O Santos perdeu para o América do México por 2-0, nesta quinta-feira, no estádio Azteca, em mais um dia inspirado do atacante paraguaio Salvador Cabañas, autor dos dois gols. Agora, a equipe santista terá que lutar muito para inverter a vantagem mexicana na Vila Belmiro, na próxima semana. Os brasileiros ainda foram prejudicados com um gol mal anulado aos 45 minutos do segundo tempo. Agora, o Peixe terá que vencer por três gols de diferença para se classificar diretamente para a semifinal da Libertadores. Caso o time do técnico Emerson Leão vença por 2-0, a classificação será decidida nos pênaltis. Se o América perder por dois gols de diferença mas fizer gol, avança na competição.

O grande destaque da partida foi Cabañas, que já havia sido o carrasco do Flamengo no Maracanã, nas oitavas-de-final, quando também marcou duas vezes.

O Santos começou fazendo tudo certo : marcando com correção e tocando a bola de primeira, buscando espaços, sem nenhuma afobação. Até teve chance para marcar logo no início, quando, aos dois minutos, Kléber Pereira arriscou de esquerda e obrigou Ochoa a espalmar. Encolhido, o América apenas assistia ao bom toque de bola do Peixe. A saída para os mexicanos eram os chutes para a frente, sempre na direção de Cabañas. Até os 20 minutos, o paraguaio esteve bem vigiado pela dupla Fabão e Marcelo.

Cabañas, porém, provou que é um jogador perigoso. O Peixe vacilou naquilo que não poderia jamais : deixar o atacante livre. Aos 24, em cobrança de escanteio da esquerda, a bola cruzou toda a área santista e sobrou para Cabañas. Sozinho, ele matou no peito com tranqüilidade e chutou por baixo das pernas de Fábio Costa. Após sofrer o gol, o Santos se encolheu. Deu campo para o América jogar e tentava descolar um contra-ataque para diminuir o prejuízo. O time de Emerson Leão até encontrou espaços para tentar a resposta. No entanto, faltou capricho na hora do passe. Kléber Pereira, isolado, não conseguia dominar de frente para o gol. Lima, por sua vez, esteve tão mal que chegou a tropeçar na bola.

No fim do primeiro tempo, o América teve duas chances para liquidar o Peixe. Aos 41, a bola foi cruzada da esquerda e Juan Carlos Silva subiu sozinho para cabecear. A bola passou à direita. Aos 43, Rojas entrou livre. A defesa santista parou pedindo impedimento e deixou o adversário chutar. Fábio Costa salvou. No rebote, Cabañas tentou encobrir o goleiro, que defendeu.

O segundo tempo começou bem aberto, com o Santos tomando a iniciativa, mas dando espaços para os perigosos contra-ataques do América. O Alvinegro criou sua primeira chance logo aos 4 minutos, quando Lima escapou pela direita e mandou uma bomba de pé direito, obrigando Ochoa a fazer boa defesa.
O América, por sua vez, ia explorando o enorme espaço que havia entre o meio-de-campo e a defesa alvinegra. Por ali, Cabañas desfilava, distribuindo o jogo e abrindo a defesa santista. Aos 17 minutos, o parrudo paraguaio recebeu lançamento pela esquerda, dominou no peito, invadiu a área e só rolou na saída de Fábio Costa. Um belo gol. Com tamanha desvantagem no placar, o Peixe se mandou para o ataque, um tanto quanto desordenadamente.

Aos 19, Rodrigo Souto tentou do meio da rua e quase surpreendeu Ochoa, que mandou para escanteio. Atrás de um gol que facilitaria bastante a sua vida no jogo de volta, o Peixe foi para cima dos mexicanos, mas pecou muito no último passe e na pontaria. Aos 29, Trípodi arriscou de longe e mandou por cima do gol. Aos 34, o argentino fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou, mas Sebá conseguiu o corte antes de a bola chegar para Kléber Pereira.

Os avanços do Santos deram ao time da casa mais espaço para contra-atacar. Aos 37, Cabañas recebeu novamente sozinho dentro da área, matou no peito com estilo e chutou de esquerda. Fábio Costa, bem posicionado, evitou o que seria o terceiro do atacante paraguaio. Aos 40, o lance de mais emoção para os brasileiros. Após um escanteio da direita, Fabão subiu e desviou, a bola sobrou dentro da área para Trípodi, que não conseguiu alcançar e perdeu uma boa chance.

Aos 45 minutos, um motivo de sobra para o Santos reclamar. Kléber Pereira invadiu a área, driblou o goleiro Ochoa e chutou para o fundo do gol. O árbitro Hector Baldassi, erradamente, anulou o gol e complicou a vida do Peixe.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que uma defesa que tem Betão, Fabão e Marcelo não consegue mesmo parar Cabañas.

Sempre ele


Diante de mais de 60 mil pessoas, recorde de público do Morumbi no ano, o São Paulo largou na frente no duelo brasileiro por uma vaga na fase semifinal da Taça Libertadores. Na vitória do Tricolor paulista por 1-0 sobre o Fluminense, na noite desta quarta-feira, Adriano marcou o gol que decidiu a partida e levou a melhor sobre Washington no duelo de centroavantes.

Com o resultado, o Tricolor paulista vai ao Rio de Janeiro, na próxima quarta, podendo empatar ou até perder por um gol de diferença, desde que marque pelo menos um gol. Uma vitória por 1-0 leva o jogo para os pênaltis e triunfo do Tricolor carioca por dois gols de diferença dá a vaga nas semifinais ao time das Laranjeiras.

O São Paulo entrou em campo consciente que precisava vencer em casa. E por isso partiu para cima do Fluminense, que entrou em campo sem Conca, mas com o atacante Dodô. Adriano assustou Fernando Henrique logo aos quatro minutos de jogo, com um chute forte. Aos cinco, em mais uma jogada do Imperador, Miranda desviou para o gol, mas o impedimento foi marcado.

A primeira chance do Flu, que estava muito recuado, foi aos dez minutos. Após cruzamento de Gabriel, Cícero escorou em direção ao gol, mas a zaga são-paulina evitou que a bola entrasse. Aos 11, Washington cobrou uma falta sem muito perigo para Rogério Ceni, e Júnior Cesar disparou um chute em cima da defesa adversária aos 13 minutos.

Após um breve bom momento do Flu, Adriano apareceu novamente. Ele participou de três jogadas ofensivas, uma por minuto. E conseguiu marcar o gol aos 19. Após bela arrancada de Hugo, o atacante recebeu e acionou Dagoberto pela esquerda, que avançou e finalizou. Fernando Henrique espalmou para o meio da área e a bola encontrou o Imperador pronto para o chute certeiro, com muita tranqüilidade. Foi o quinto gol do camisa 10 na Libertadores e o 16º na temporada. Ele ofereceu o gol para a namorada, Joana.

Após o gol, o Fluminense conseguiu se reorganizar até com certa rapidez. Mas, aos 42, quase sofreu o segundo. Após cruzamento, Adriano cabeceou em cima de Fernando Henrique, que espalmou e evitou o gol do São Paulo.

Os técnicos não fizeram alterações no intervalo. Mesmo vencendo, o São Paulo seguiu pressionando o Flu. Aos cinco minutos, Fernando Henrique foi bombardeado. Ele rebateu um chute de Dagoberto. A bola sobrou para Richarlyson soltar um chute forte, e novamente o goleiro espalmou. Quando Hugo foi tentar o chute, pela esquerda, já estava impedido.

Aos nove, o Flu chegou com perigo. Thiago Neves chutou da entrada da área, a bola bateu na cabeça de Alex Silva e saiu tirando tinta do travessão. Aos 12, Dagoberto novamente arriscou de longe.

O técnico Renato Gaúcho tentou melhorar a criação do Flu ao tirar Thiago Neves, que não esteve bem, e colocar Conca em campo. Neves deixou o campo irritado com a substituição, pela linha de fundo, evitando cumprimentar o companheiro que entrava no gramado. Aos 22, o argentino levou perigo ao gol de Ceni ao cobrar uma falta na área. A defesa tirou.

O São Paulo seguia perigoso. Aos 26, Hugo entrou na área, mas se atrapalhou e foi desarmado. Um minuto depois, Dagoberto perdeu uma grande chance ao bater, já caindo, sozinho. A bola saiu por cima do gol de Fernando Henrique.

Aos 32, Aloísio, que não jogava desde o dia 30 de Março por causa de uma torção no tornozelo, entrou no lugar de Dagoberto, que foi muito aplaudido pela torcida. Muricy formou a dupla de 'gigantes' na frente para tentar o segundo gol. Aos 37, Adriano ganhou na corrida de Roger e tentou colocar a bola para Aloísio na pequena área, mas a zaga cortou antes. O Flu se defendeu até o fim e impediu que o anfitrião ampliasse o placar. Nos minutos finais, Conca fez bela jogada pela direita, driblando dois marcadores, e chutou rente ao travessão. Mas a decisão agora será no Maracanã.

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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e vai torcer pro Fluminense no próximo jogo.

Sir Charles Tevez


O Manchester United conquistou o título inglês na última rodada, que foi jogada no domingo passado, mas o caminho para conquista foi árduo e o jornal inglês The Sun elegeu esses quatro jogos como os fundamentais para o título do Manchester United.

Como vocês podem notar, dessas quatro partidas, Carlitos Tevez aparece como personagem principal em três. Cristiano Ronaldo, a grande estrela do time, aparece em uma, fazendo um gol de pênalti.

23/09/2007 - Manchester United 2-0 Chelsea
Primeiro jogo de Avram Grant no comando do Chelsea. John Obi Mikel foi expulso aos 32 minutos por causa de uma entrada em Patrice Evra. Carlos Tevez fez seu primeiro gol pelos Red Devils. Louis Saha entrou e sofreu um pênalti. Ele mesmo converteu a um minuto do fim.

16/12/2007 - Liverpool 0-1 Manchester United
O Liverpool precisava tirar uma diferença de seis pontos e foi para cima do Manchester. Mas quem marcou foi o argentino Carlitos Tevez, mais um gol importantíssimo, desta vez aos 43 minutos.

13/04/2008 Manchester United 2-1 Arsenal
Nesse jogo o Manchester praticamente eliminou o Arsenal da disputa do título. Os Gunners saíram na frente com um gol de Adebayor e menos de cinco minutos depois William Gallas meteu a mão na bola dentro da área. Pênalti que Cristiano Ronaldo marcou depois da segunda cobrança. Faltando 18 minutos, falta para o United. Quando todos esperavam pela cobrança de Cristiano Ronaldo, Owen Hargreaves bateu e marcou. Lehmann, que substituía o titular Almunia, só assistiu a bola entrando.

19/04/2008 Blackburn 1-1 Manchester United
Os Reds Devils não jogavam bem e Roque Santa Cruz tinha colocado o Blackburn na frente. Faltando alguns segundos para o fim da partida, o Manchester perdia o jogo e a vantagem na disputa pelo título. Mas aos 43 minutos, Carlos Tevez, mais uma vez ele, empatou a partida. Assim como havia feito contra o Tottenham e contra o Lyon (na Liga dos Campeões), o pequeno Carlitos foi oportunista dentro da pequena área e marcou no finalzinho de cabeça.
Mais do que ganhar um ponto, o gol do argentino manteria o time de Ferguson na frente do Chelsea mesmo se perdessem o confronto direto que ambos teriam na rodada seguinte (o que veio a acontecer). Faltava então apenas três jogos para o fim do campeonato.

Frase do técnico do Blackburn e ex-jogador do Manchester United, Mark Hughes, depois da partida: “Quando você tem a oportunidade de jogar pelo United é porque tem talentos especiais, e entre os talentos que você precisa ter estão ser um vencedor e nunca aceitar a derrota”.

Impossível não pensar em Carlitos depois de uma definição dessa.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e como já disse aqui anteriormente, um fã de Carlitos Tevez.

08 maio 2008

Amarelou ?

Na partida de ida no México, o Flamengo conseguiu uma goleada por 4-2, que lhe dava o direito de perder por dois gols de diferença (2-0 ou 3-1), além das vantagens de qualquer empate, derrota por um gol (qualquer placar), isso sem contar o fator casa e motivação.

O fator casa porque o Maracanã recebeu aproximadamente 50.000 pessoas dispostas a empurrar o Mengão, como já é praxe, e a motivação era tripla.

Em primeiro lugar, o time vinha da conquista de um título há três dias, quando venceu o Botafogo na final do estadual, a segunda grande motivação é que esse seria o jogo de despedida do técnico Joel Santana, que vai dirigir a seleção sul-africana. Antes da partida, muita festa para o treinador, os jogadores fizeram até um corredor e Joel foi aplaudido ao entrar em campo. A diretoria rubro-negra o homenageou com uma placa e uma camisa, com o número 1.000, assinada por todos os atletas, e a maior motivação era avançar às quartas-de-final da Taça Libertadores, grande objetivo do clube no semestre, ou talvez no ano.

O único resultado favorável ao América do México seria uma vitória por três gols de diferença, ou mais. As chances eram mínimas dadas as circunstâncias. E adivinhem qual foi o placar do jogo.

América 3-0 Flamengo.

Nem o mais otimista do torcedor mexicano esperava isso. O Flamengo jogou bem, criou diversas chances de gol, acertou bola na trave, exigiu boas defesas de Ochoa, mas defensivamente foi uma tragédia. O América atacou quatro vezes e fez três gols (dois deles do centroavante Cabañas), silenciando o estádio e garantindo vaga nas quartas-de-final da maneira heróica e inesquecível (para os dois times).

Resta ao Flamengo disputar o Campeonato Brasileiro e tentar chegar de novo entre os quatro melhores para voltar em 2009 a disputar a taça mais cobiçada do continente.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e ficou surpreso com a eliminação rubro-negra da forma como ela ocorreu.

No sufoco, mas garantido

Precisando vencer para avançar às quartas-de-final da Copa Libertadores, o São Paulo bateu o Nacional, do Uruguai, por 2-0, na noite desta quarta-feira, no Morumbi, e segue sua busca pelo quarto título no torneio continental.

Depois do empate em 0-0, há uma semana, o São Paulo precisava de um êxito em casa para prosseguir no campeonato. Um novo empate sem gols levaria a disputa para os pênaltis, e qualquer empate com gols e a vaga seria dos uruguaios.

Mas os tentos de Adriano e Dagoberto fizeram com que o time paulistano promovesse o primeiro confronto brasileiro nesta edição da competição. Na próxima quarta-feira, o São Paulo inicia sua série de dois jogos contra o Fluminense, com a primeira partida acontecendo no Morumbi.

Os dois gols também foram feitos de maneira rara pelo tricolor. Dos oito tentos anotados no torneio até agora, somente três foram marcados com os pés, dois deles na noite desta quarta-feira.

Com Hugo na vaga de Jorge Wagner, contundido, o São Paulo tinha tudo para ser um time mais agressivo. No entanto, o meia mostrava-se fora de ritmo, afinal, esta foi somente a sua terceira partida como titular da equipe na temporada. Mas o maior problema são-paulino na primeira etapa foi o lado esquerdo. Em vários momentos Richarlyson e Hugo bateram cabeça, a ponto de discutirem em campo quando o camisa 20 perdeu a bola próximo ao meia, gerando um contragolpe uruguaio.

As fortes emoções com os dois atletas pelo lado canhoto fez com que a torcida começasse a pedir por Júnior na lateral esquerda, pedido não atendido pelo técnico Muricy Ramalho, pelo menos na primeira etapa. Pelo lado do Nacional, o jogo com bolas alçadas na área, já conhecido da partida do Uruguai, continuou. Mas tanto pelo ar quanto pelo chão, o grandalhão Richard Morales não foi páreo para o zagueiro Alex Silva. E quando o Nacional se assanhava nas investidas contra a meta de Rogério Ceni, o São Paulo abriu o marcador.

Se Richarlyson não resolvia pela esquerda do campo, coube a Éder Luis servir, pelo setor direito, o atacante Adriano.O camisa 9 tricolor cruzou rasteiro, a zaga uruguaia falhou e Adriano empurrou a bola contra a meta de Viera : 1 a 0, resultado suficiente para classificar o time paulistano.

Logo no início da segunda etapa, o lateral-direito Cabarello foi expulso por cometer falta violenta e Richarlyson. Com um a mais em campo, o São Paulo passou a dominar os espaços e atacar com mais freqüência a meta de Viera. Foram várias as oportunidades desperdiçadas pelo sistema ofensivo são-paulino. Adriano, por exemplo, deu dois chutes que passaram longe da meta de Viera. Mas compensou mostrando disposição na marcação, principalmente na saída de bola do time adversário.

Hugo também foi outro que perdeu bela oportunidade de ampliar o marcador. Então, a elasticidade no placar ficou por conta de Dagoberto, nos minutos finais da partida. Aos 45 minutos, o atacante, que entrou na vaga de Éder Luis, arrancou pelo lado direito, se livrou dos zagueiros e fez 2-0, para alegria da torcida tricolor na fria noite no Morumbi.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e pensa que São Paulo x Fluminense será um duelo muito interessante na próxima fase.

O peso da camisa

O Cruzeiro já venceu duas vezes a Taça Libertadores da América, já ganhou edições de torneios Sul-Americanos, como a extinta Supercopa e é muito respeitado no cenário continental.

Mas do outro lado do campo estava o Boca Juniors, uma equipe que já venceu 6 vezes a competição, sendo 4 delas nos últimos 8 anos (e um vice-campeonato). E essa equipe já havia vencido também a 1ª partida no temido estádio de La Bombonera por 2-1.

O gol marcado em Buenos Aires deu muita esperança para o torcedor celeste, porque uma vitória simples de 1-0 já garantiria o time nas quartas-de-final da competição, tanto é que o público pagante foi superior a 60.000 pessoas e o jogo foi disputado as 19:00 hs., um horário bem incomum.


Mas o que se viu em campo foi um Cruzeiro ansioso por marcar logo esse tal gol, atacando bastante mas sem muita objetividade e levantando muitas bolas na área sem direção.

O tempo passou e o Boca começou a se soltar mais em campo, levando um certo perigo numa jogada de Palacio que acabou chutando pra fora, mas aos 36 minutos ele não desperdiçou e depois de tabelar com Riquelme, fintou o zagueiro e botou no ângulo do goleiro Fábio. Boca 1-0.

Antes de chegar o intervalo, o Cruzeiro sofreu outro golpe. Palermo cabeceou pras redes uma bola cruzada da esquerda e praticamente selou a classificação argentina nesse lance.

No 2º tempo, o Cruzeiro reagiu aos 11 minutos, num lindo gol de Wagner, que acertou um voleio maravilhoso no ângulo, mas o time precisava marcar mais três e não sofrer nenhum. A torcida tentou ajudar, mas o ânimo já era reduzido e dentro de campo o Boca sabia neutralizar as jogadas, fazendo o tempo passar.

Com essa vitória fora de casa, o Boca demonstra uma vez mais a força da sua camisa, da sua tradição e se classifica para as quartas-de-final como favorito a mais uma decisão continental.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e já vê o Boca nas semifinais da Libertadores, antes mesmo de jogar as quartas-de-fianl contra o Atlas, do México.

Qual é a graça dos estaduais ?

Esperei passar alguns dias das finais dos torneios regionais para escrever essa matéria com calma, sem o calor do momento e sem a emoção que sempre ataca os envolvidos nas finais.

A discussão já é antiga, mas é sempre bom a gente opinar, por isso eu acredito que o campeonato estadual não pude nunca terminar. Muitas pessoas querem regionalizar, como aconteceu em 2002 pela última vez, mas em qual outro torneio os rivais de velha data podem se pegar numa decisão ?? Campeonato por pontos corridos é bom, premia sempre a equipe mais regular, a que soma mais pontos, mas estadual (ou regional) tem sempre aquele gostinho caseiro, de ganhar daquele rival "a"' ou "b", além de sempre revelar bons valores para o esporte e trazer de volta o clima de final de campeonato, isso sem falar naqueles times surpresas que sempre aprontam e chegam onde ninguém esperava.

Em que outro torneio, por exemplo, o Cruzeiro meteria 5-0 no rival Atlético na 1ª partida da final do Campeonato Mineiro (e venceria também o jogo da volta por 1-0), ou então o Palmeiras faria os mesmos 5-0 na Ponte Preta numa decisão ?

O caso mais emblemático das decisões regionais em 2008, foi no Campeonato Gaúcho.
Juventude e Internacional chegaram às finais, e no jogo de ida em Caxias do Sul, o time da casa venceu com um gol aos 47 minutos do 2º tempo, após uma bobeira de Fernandão que perdeu uma bola na lateral do campo e proporcionou o ataque da equipe alvi-verde que culminou em gol.

Pois bem, vejam como o futebol é emocionante. Uma semana depois, jogo de volta, estádio do Beira-Rio lotado de colorados e só no 1º tempo o Inter já havia marcado 4-0 com dois gols do Fernandão, que na etapa final faria mais um e ainda veria o Inter fechar uma goleada sonora de 8-1, com direito a gol de pênalti do goleiro Clemer. Oito a um...numa final de campeonato, contra uma equipe que venceu as outras três partidas nesse ano, somando a 1ª fase e o 1º jogo da final.

Em São Paulo, o Palmeiras demoliu a Ponte Preta com duas vitórias. 1-0 em Campinas e 5-0 no Parque Antárctica, com golaço de Valdívia e três de Alex Mineiro que terminou o campeonato como artilheiro (15 gols). Depois de quase 12 anos o Verdão voltou a comemorar um título estadual.

No Rio de Janeiro, também não faltou emoção. Flamengo e Botafogo decidiram em duas partidas o campeão carioca, na primeira deu Mengão 1-0 e na partida de volta o Botafogo saiu na frente depois de um frangaço do goleiro Bruno, mas no 2º tempo Obina marcou duas vezes, Diego Tardelli fez o outro e com 3-1, de virada, o Mengão chegou ao seu 30º título estadual num Maracanã com mais de 80.000 pessoas.

Em Curitiba, o clássico Atlético x Coritiba decidiu mais uma vez o campeão paranaense. Jogando em casa na 1ª partida, o Coxa-Branca fez 2-0 e foi pra Arena da Baixada uma semana depois, podendo perder por até um gol de diferença. O Atlético fez 2-0 (que levaria o jogo para a prorrogação), mas o Coritiba diminuiu ainda no tempo normal e mesmo perdendo o jogo, saiu com o título nas mãos.

Depois da eliminação na Copa do Brasil, pelo Corinthians, o time do Goiás decidiu o torneio estadual contra a surpresa chamada Itumbiara, que tem PC Gusmão como treinador, Basílio (ex-Santos, Palmeiras) no ataque e Sérgio (ex-Palmeiras no gol). Jogando no interior o Itumbiara fez 1-0 no jogo de ida, e depois no Serra Dourada aplicou um 3-0 implacável (dois gols de Basílio) para detonar de vez uma crise no clube esmeraldino. O lateral-esquerdo Wellington Saci, do Itumbiara, foi eleito o melhor jogador do torneio, e é um dos reforços do Corinthians para a disputa da Série B do Brasileirão.

Pra finalizar, o Vitória foi o campeão baiano, e o Figueirense conquistou o campeonato de Santa Catarina após perder pro Criciúma por 3-1 no tempo normal, mas conseguir marcar um gol na prorrogação que lhe garantiu o título.

Campeonato estadual é muito bom, e eu gosto muito de ganhar.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e não sabe o que é ganhar um estadual há 5 anos.

02 maio 2008

Festa na vila

O Santos venceu o Cúcuta Deportivo por 2-0 nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, com gols de Lima e Molina, no jogo de ida das oitavas-de-final da Libertadores, e deu um passo importante rumo à próxima fase.
Destaque do rebaixado Juventus no Campeonato Paulista, o atacante Lima fez jus à aposta de Emerson Leão e cumpriu a promessa de marcar logo em sua estréia. Já Molina, de falta, marcou pela sexta vez na competição.

Após o treinador insistir na contratação de um centroavante, especificamente na chegada de um atleta "para resolver", colocou Lima para treinar, gostou e o escalou. E com apenas um treino, um jogo e um gol, o jogador garantiu a titularidade ao lado de Kléber Pereira. Agora, o Peixe vai à Colômbia na próxima quinta-feira (8) para tentar assegurar a classificação às quartas-de-final da competição continental. Para isso, pode perder por até um gol de diferença.

Em uma partida amplamente dominada pela equipe da casa no primeiro tempo, quando demonstrou aplicação tática para derrubar o sistema de marcação com duas linhas defensivas de quatro atletas, o Peixe conseguiu ampliar a sua soberania sobre o Cúcuta neste ano. Mesmo sofrendo pressão na etapa complementar ao deixar de lado o poder mostrado no meio de campo.
A equipe colombiana classificou-se na primeira posição do grupo 6, mas não venceu o Alvinegro em nenhum dos dois encontros. No primeiro, no estádio General Santander, as equipes empataram sem gols e, no jogo que levou o Santos às oitavas, o time da Vila fez 2-1 no litoral paulista.

Nesta noite Leão voltou a escalar Betão como lateral-direito, apostou em Fabão na zaga e também no sistema com Wesley solto entre o meio e o ataque, alimentando os homens de frente e compondo a marcação aos rivais. Foi assim que o Santos começou a envolver o Cúcuta e a criar oportunidades de gol. O placar foi aberto aos 18 minutos do primeiro tempo, quando Lima aproveitou cruzamento de Betão na segunda trave e, dentro da pequena área, só empurrou para as redes.

Até o intervalo, o Cúcuta não teve sequer uma oportunidade para incomodar Fábio Costa, que tornou-se mero espectador nos primeiros 45 minutos. A etapa complementar começou diferente, com os visitantes tentando pressionar o Peixe ao deixar o sistema prioritariamente defensivo apresentado no começo do jogo.

Aos 9 minutos, o árbitro mexicano Marco Rodríguez resolveu interromper o duelo em função da fumaça provocada pelos sinalizadores da torcida santista nas arquibancadas da Vila. O confronto foi retomado após cinco minutos, com mais pressão do time colombiano. O que obrigou Fábio Costa, aos 18 minutos, a fazer a sua primeira defesa importante no jogo. Aos 25, porém, Molina marcou de falta o segundo gol santista para definir a vantagem neste confronto de ida.

Daí pra frente foi só administrar a vantagem e terminar o feriado fazendo festa na Vila Belmiro.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que o Cúcuta não reverte a vantagem santista.

01 maio 2008

Saudade eterna

Há 14 anos numa curva de Ímola, o maior piloto brasileiro de automobilismo de todos os tempos deixava a vida para entrar na eternidade das lendas sagradas do esporte.

Não vou me estender nesse tema até porque é desnecessário, mas fica aqui a pequena homenagem a Ayrton Senna da Silva, que tive o prazer de ver em ação desde o começo até o fim de sua brilhante carreira.

Valeu Ayrton !!
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e chorou muito no dia da morte do tri-campeão mundial de Fórmula-1.

Massacre corinthiano

A torcida não entrou em campo, mas foi decisiva para o Corinthians nesta quarta-feira. Apoiado por mais de 50 mil pessoas em um cenário de decisão que tomou o Morumbi, a equipe alvinegra dividiu cada bola como se estivesse em uma final e com um ritmo impressionante no primeiro tempo, goleou o Goiás por 4-0 para se classificar às quartas-de-final da Copa do Brasil. Na ida, em Goiânia, havia perdido por 3-1.

O jogo não valeu um título, mas foi encarado como tal por torcida e jogadores. Já no aquecimento, Felipe pedia o apoio das arquibancadas. E era atendido. Em troca, o Corinthians sufocou o Goiás desde o início. Com 30 minutos de jogo, já goleava por 4-0. Diogo Rincón marcou os primeiros dois gols em jogadas parecidas, após rebotes em tentativas de Herrera. O argentino também deixou sua marca, fazendo o quarto gol e André Santos anotou o mais bonito dos gols ainda antes do intervalo. "Só temos que parabenizar todos os torcedores que estão aqui hoje. Sabíamos que seria um jogo muito difícil, mas jogar no Corinthians é isso, é garra e luta o tempo todo. Para quem duvidava, essa é mais uma prova da nossa força", comemorou o lateral-esquerdo.

Agora, o Corinthians pega na briga por uma vaga na semifinal o São Caetano, que passou pelo Atlético-GO. O primeiro duelo acontecerá na próxima terça-feira, no Morumbi, já que na quarta-feira o São Paulo atuará no Morumbi pela Libertadores. A segunda partida será realizada uma semana depois.

Precisando da vitória, Mano Menezes colocou o time no ataque. O treinador sacou um zagueiro e escalou Lulinha ao lado de Diogo Rincón. Mas não foi só a formação em campo que estava ofensiva. A postura do time foi a de agredir o Goiás desde o início, sufocando o adversário. E a pressão logo deu resultado.

Com cinco minutos de bola rolando, Herrera recebeu na entrada da área e bateu prensado por Harlei. Diogo Rincón, então, atirou-se no chão e conseguiu empurrar para o fundo das redes, abrindo o placar. Cheio de confiança e com o nome gritado pela torcida, a mesma que já pediu sua saída do clube, Lulinha também quase marcou. Diogo Rincón, inspirado, não ficou no quase e fez o segundo, novamente após dividida de Herrera, aos 16 minutos.

Os dois gols (que já bastavam para garantir a vaga) não fizeram o Corinthians diminuir o ritmo. Tanto que aos 23, André Santos invadiu a área em bela tabela, passou por Harlei e ampliou para 3-0 a diferença no placar em um belo gol, misturando raça e habilidade. Sete minutos depois, Herrera desta vez não só participou, como marcou o quarto gol, de cabeça, escorando cruzamento de André Santos.

No segundo tempo, o objetivo do Corinthians foi administrar a ampla vantagem no placar. Ainda assim, teve boas oportunidades com Diogo Rincón e André Santos. A torcida pôde vibrar também com os gols do Sport sobre o arqui-rival Palmeiras, eliminado ao perder por 4-1 em Recife. Na parte final do jogo, o Goiás sofreu outro golpe com a expulsão de Fabinho, que acertou uma cotovelada em Herrera.

Mas o golpe principal já estava aplicado no placar, e o Corinthians pôde comemorar a classificação com direito a gritos de "olé" de um público recorde neste ano em São Paulo : o maior registrado até então havia sido no clássico entre Corinthians e Palmeiras, com 48.930 pagantes, pelo Paulista.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e chupou muita uva verde na noite de ontem, além de se sentir plenamente vingado pela derrota de Goiânia.

Leão devora o porco

Empurrado por mais de 30 mil torcedores na Ilha do Retiro, o Sport Recife aplicou uma goleada pra cima do Palmeiras (4-1) na partida de volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil e se classificou para a próxima fase onde enfrentará o Internacional.

O time alviverde, que está prestes a encerrar um jejum de 11 anos sem títulos estaduais, entrou em campo precisando de uma simples vitória ou de qualquer empate com gols, já que na semana passada havia empatado em 0-0 no estádio Palestra Itália. Mas o Sport estava numa noite inspirada e logo aos 7 minutos após cobrança de escanteio, Durval ajeitou para Romerito, de cabeça, fazer 1-0 para os donos da casa.

O gol pernambucano obrigou o Palmeiras a sair pro jogo, já que agora o empate o favorecia, e aos 15 minutos Valdívia fez ótima inversão de jogo para Leandro que ajeitou e cruzou na medida para cabeçada certeira de Alex Mineiro, que tirou com inteligência do goleiro Magrão para empatar a partida. Esse placar dava a vaga ao Verdão.

Mas o Sport, e principalmente o meia Romerito (que já passou pelo Corinthians em 1996), estavam mesmo numa noite especial e aos 31 minutos o atacante Carlinhos Bala deixou o meia na cara do goleiro Marcos que nada pode fazer, Sport 2-1. Antes de acabar a etapa inicial Romerito ainda deixaria mais um nas redes palestrinas.

Carlinhos Bala levantou a bola na área e o meia apareceu livre para de cabeça marcar seu 3º gol na partida e levar a galera ao delírio, abrindo ótima vantagem para a equipe pernambucana.

Na volta do intervalo o Sport ficou com um jogador a menos, já que Éverton foi expulso. O técnico Vanderlei Luxemburgo colocou Denílson no lugar do volante Pierre na tentativa de explorar a vantagem numérica, mas não deu certo e ainda viu o Sport marcar o quarto gol através do lateral Dutra que num rápido contra-ataque, bateu cruzado e sem marcação para finalizar o placar.
O time paulista até tentou diminuir mas o goleiro Magrão evitou por duas vezes qualquer reação palmeirense.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e comemorou demais a eliminação do Palmeiras e ainda por cima com goleada.

Fluzão mais perto da vaga

O Fluminense deu um passo grande para se classificar para as quartas-de-final da Copa Libertadores da América. Na noite desta quarta-feira, em Medellín, na Colômbia, o Tricolor derrotou o Atlético Nacional por 2-1.

Para seguir na competição sul-americana, o Fluminense pode até perder por 1-0. Derrota por dois gols de diferença ou por um, mas a partir de 3-2, classifica o Atlético Nacional. Caso os colombianos devolvam os 2-1, a vaga será decidida nas penalidades máximas.
A partida de volta será realizada na próxima terça-feira, dia 6 de maio, às 18h30, no Maracanã. Passando pelo Atlético Nacional, o Fluminense encara São Paulo ou Nacional de Montevidéu.

O jogo, além da boa vitória do Fluminense, marcou o retorno de Dodô aos gramados. O atacante, totalmente recuperado de fratura na face, não atuava desde o dia 8 de março. O Atlético Nacional, atuando em casa, começou em cima do Fluminense. Só quem em nenhum momento a equipe colombiana incomodou o goleiro Fernando Henrique.

O Tricolor, por sua vez, também não fez um bom primeiro tempo. Porém, na única jogada individual da equipe, aos 18, Júnior Cesar acabou sendo derrubado dentro da área por Ospina.
O lance originou o cartão vermelho para o goleiro e muita reclamação por parte dos colombianos. Thiago Neves, que não tinha nada com isso, cobrou e converteu, aos 21 minutos.

O segundo tempo começou complicado para o Fluminense. Logo aos seis, o Atlético Nacional empatou com Arrué, após uma bobeada de Washington. Três minutos depois, Thiago Silva, com uma lesão na coxa esquerda, foi substituído por Roger. E o time da casa apertava a pressão no ataque, mas muito desorganizado não conseguia concluir as jogadas.

O Fluminense ficou acuado nos primeiros 15 minutos, quando resolveu sair novamente para o jogo. Aos 30, num chute da entrada da área, Darío Conca colocou o Tricolor novamente na frente. Aos 32, o técnico Renato Gaúcho, que já tinha trocado Thiago Neves por Maurício, resolveu colocar em campo Dodô. O atacante ocupou o lugar de Dário Conca. Porém, nada mais foi alterado e o Fluminense deu um grande passo para avançar na competição.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e ficou feliz com a boa vitória do Fluminense fora de casa.

Um empate agradável

Nacional e São Paulo jogaram em Montevidéu a primeira partida das oitavas-de-final entre as duas equipes e o placar de 0-0 serve tanto para um como para o outro time.

Para o Nacional foi interessante não sofrer gols em casa e agora no jogo de volta em São Paulo, qualquer empate com gols o classifica, assim como outro 0-0 leva o jogo para os pênaltis. Já o Tricolor paulista tem a obrigação de vencer (o que não é nada impossível) por qualquer resultado.

Com um frio de aproximadamente de 3ºC, as equipes fizeram um jogo sem muita emoção. O São Paulo começou melhor e no primeiro lance quase abriu o placar com Jorge Wágner que exigiu boa defesa do goleiro Viera.

Depois disso o Nacional tentava chegar com bolas aéreas para Richard Morales, mas a defesa são-paulina se virou muito bem, até que aos 31 minutos o time uruguaio quase fez.
O centroavante Fornaroli invadiu a área e tocou na saída de Rogério Ceni, a bola só não entrou porque Alex Silva chegou na hora pra salvar em cima da linha e evitar o gol do Nacional.

No segundo tempo o Nacional atacou mais, porém sem criar grandes oportunidades, enquanto o São Paulo arriscava nos contragolpes, mas o jogo era muito feio, amarrado no meio de campo e o placar de 0-0 acabou sendo justo. No finalzinho Borges teve uma chance pra fazer o gol da vitória, mas preferiu dar o passe para Éder Luis que desperdiçou a jogada.

Com o jogo de ontem, o goleiro Rogério Ceni completou 800 partidas vestindo a camisa tricolor.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acredita que o Nacional tem chances de se classificar no Morumbi.

Mengão das alturas

O Flamengo está se especializando em ganhar jogos na altitude.

Na 1ª fase meteu 3-0 pra cima do Cienciano, em Cuzco e ontem jogando no estádio Azteca, na Cidade do México, o time carioca encarou o América de igual pra igual e saiu de campo com uma vitória (4-2) que o deixa com os dois pés nas quartas-de-final da Taça Libertadores.

O jogo foi emocionante e o Flamengo poderia ter feito até mais gols se tivesse com a pontaria mais afiada. No primeiro tempo cada equipe havia criado uma boa chance de gol, e quando já eram 43 minutos o Flamengo saiu na frente com gol de Marcinho após lançamento de Bruno.
Mas um minuto depois o América chegou ao empate com Cervantes, aproveitando vacilo da zaga.

No segundo tempo em apenas 10 minutos, Ibson e Obina tiveram duas chances claras de gol, mas ambos pararam nas mãos do goleiro Ochoa. Aos 15, Leonardo Moura salvou em cima da linha um gol certo dos mexicanos e logo em seguida fez uma jogada maravilhosa mas parou na trave.

Até que aos 24 minutos Obina deu um passe para Marcinho marcar seu 2º gol no jogo e colocar o Mengão de novo em vantagem. Mas assim como foi no 1º tempo, o América empatou no minuto seguinte, desta vez com Mosqueda que fuzilou pras redes após cruzamento de Cabañas.

O jogo era muito movimentado, e o América se empolgou chegando a marcar o terceiro com Cabañas, mas o atacante estava em posição de impedimento e o gol foi bem anulado. E quando todos pareciam satisfeitos com o empate, eis que o Mengão foi ao ataque e aos 42 minutos fez 3-2 com Diego Tardelli aproveitando jogada de Leo Moura.

E tinha mais, já nos descontos Leonardo Moura tabelou com Ibson e tocou na saída de Ochoa pra decretar 4-2 e trazer pro Rio de Janeiro uma vantagem incrível para o time da Gávea.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e não esperava que o Mengão fizesse um placar tão bom como esse.