31 janeiro 2008

Corinthiano roxo

O Corinthians surpreendeu em sua nova iniciativa de marketing voltada para homenagear a Fiel.

O clube anunciou nesta quarta-feira o lançamento de seu terceiro uniforme, que será da cor roxa.

O vice-presidente de marketing, Luis Paulo Rosenberg, explicou que a cor será usada para homenagear os “corintianos roxos”.

“O preto e o branco são as cores da nossa tradição, mas só um corintiano será roxo”, afirmou.

A última vez em que o Corinthians utilizou um terceiro uniforme foi em 2006, quando adotou o modelo preto com listras e números em dourados na Copa Libertadores.

O primeiro jogador a vestir a camisa roxa foi o atacante Dentinho, que gostou da iniciativa.

“A camisa é linda, espero fazer muitos gols para a torcida, pois sem ela o Corinthians não é nada”, comentou o jogador.

O terceiro uniforme passará a ser usado a partir de março, mas ainda sem um jogo estipulado.

As iniciativas de marketing vêm crescendo na nova gestão do clube. Depois do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Timão lançou a campanha “Eu nunca vou te abandonar”, que já resultou na venda de cerca de 90 mil kits (camiseta, pulseira e adesivo).

Sempre que questionados sobre contratações, os dirigentes do departamento de futebol lembram que o clube deverá ter um aporte de capital em maio, quando há a expectativa de um retorno dos investimentos feitos no marketing.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e achou linda a terceira camisa do Timão.

29 janeiro 2008

Só as feras


Foi realizada no último domingo (27/01), em Atlanta, a 56ª edição do All Star Game da NHL.
A partida foi jogada no Philips Arena, onde o Thrashers costuma mandar suas partidas, o público presente foi de aproximadamente 18.600 pessoas, ou seja : ginásio lotado.

Como ocorre em todos os anos, a partida é disputada entre a seleção da Conferência Leste contra a da Conferência Oeste.

Os jogadores escolhidos são votados pela internet e o clima é de festa, normalmente não se cometem penalidades e todos os jogadores participam de pelo menos alguns minutos do jogo.

Com os goleiros não é diferente, como são três períodos de 20 minutos, cada goleiro joga um período completo e não retorna mais ao jogo, a não ser que precise substituir outro por contusão, ou algo do gênero.

A partida desse domingo foi eletrizante, a seleção do Leste saiu perdendo mas virou pra 5-1 fechando o 1º período com uma bela vantagem.

No 2º período o Oeste equilibrou as coisas e diminuiu pra 3-5, esse período também foi marcado pela brilhante atuação do goleiro Evgeni Nabokov (que joga no Sahrks). Por duas vezes ele frustrou a torcida local ao impedir que Ilya Kovalchuk (jogador do Atlanta Thrashers) marcasse seu golzinho.

A seleção do Oeste começou o período final com tudo e empatou a partida em 5-5, mas o Leste logo retomou a frente fazendo 6-5, a correria era geral e o Oeste conseguiu até virar pra 7-6, mas Eric Staal empatou de novo.

Faltando 20 segundos pro final, quando todos já esperavam uma prorrogação, Marc Savard (que já foi jogador do Atlanta) marcou o gol da vitória após um passe de Campbell e de Staal.

Leste 8-7 Oeste, e depois de seis anos seguidos o MVP (melhor jogador da partida) escolhido foi do time vitorioso, a honra coube a Eric Staal, jogador do Carolina Hurricanes, que marcou dois gols e deu a assistência no gol da vitória.

O próprio Staal ficou supreso com o prêmio, já que todos esperavam que Rick Nash (do Columbus) saísse com o troféu, afinal Nash marcou três gols na partida (o chamado hat-trick).
Mas acredito que não quiseram premiar um jogador que perdeu a partida, como foi nos outros anos.

Os gols foram anotados na seguinte ordem :

Primeiro período : Nash (1-0 Oeste), Staal (1-1 Leste), Markov (2-1 Leste), Ovechkin (3-1 Leste), Campbell (4-1 Leste) e Ovechkin (5-1 Leste).

Segundo período : Nash (2-5 Oeste) e S.Niedermayer (3-5 Oeste)

Terceiro período : Getzlaf (4-5 Oeste), Nash (5-5 Oeste), Hossa (6-5 Leste), Phaneuf (6-6 Oeste), Gaborik (7-6 Oeste), Staal (7-7 Leste) e Savard (8-7 Leste).

http://www.youtube.com/watch?v=pb6bTnnUfZg

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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., apaixonado por hockey no gelo e lamenta não ter assistido a partida, ainda que fosse pela internet.

Morcego ou Macaco ?


É verão, e na Argentina antes de começar a temporada oficial com o Torneo Clausura, as equipes costumam jogar amistosos ou torneios curtos em cidades litorâneas ou ainda pelo interior do país.

No último sábado (26/01), os dois maiores clubes argentinos se enfrentaram em Mar del Plata numa partida amistosa e o Boca Juniors venceu o River Plate por 2-0.

E não foi um jogo qualquer, de um lado estava Ariel Ortega, capitão e e principal nome do River, e do outro ninguém menos que Juán Román Riquelme, camisa 10 dos "Xeneizes".

O jogo como sempre foi muito disputado, brigado e com lances polêmicos. O Boca fez 1-0 com um gol do volante Battaglia numa falha terrível de marcação da defesa millonaria.

No segundo tempo, o zagueiro paraguaio Cáceres (que já jogou no River) acertou uma cotovelada em Ortega, mas o juiz só deu a falta e não viu a agressão.

Porém o Boca levava mais perigo e após uma cobrança de falta perfeita de Riquelme, o goleiro Carrizo se esticou todo pra evitar o gol, mandando a bola pra cima, aí apareceu Martín Palermo e e cabeça mandou pras redes. Boca 2-0 e carnaval nas arquibancadas.

O detalhe do gol porém, foi que Palermo se apoiou no travessão com uma das mãos no momento da cabeçada, o que é proibido pelas regras da Fifa, que diz que o gol deveria ser anulado.

Mas o juiz deu o gol, o Boca ganhou e a polêmica começou.

http://www.youtube.com/watch?v=zHTWj77W8rU

http://www.youtube.com/watch?v=apqgxbR0Omk
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que o gol deveria ser anulado, mas não deixou de ser um gol histórico e raro.

28 janeiro 2008

Majestoso polêmico

A foto acima mostra dois dos três principais personagens do clássico (talvez único no ano) de ontem envolvendo Corinthians e São Paulo.

O outro personagem é o árbitro Sálvio Spinola Fagundes Filho que anulou um gol de Adriano aos 41 minutos do 2º tempo, alegando falta do atacante tricolor no zagueiro corinthiano Willian.

Fora esse lance mais agudo, o jogo teve poucas oportunidades reais de gol.

Aos 5 minutos de jogo Dentinho fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou pelo alto, mas Finazzi cabeceou muito mal por cima da trave de Rogério Ceni que já estava vencido no lance.

O São Paulo respondeu com perigo aos 31 minutos quando Souza cobrou uma falta com força e Felipe fez uma boa defesa, na jogada seguinte o meia Jorge Wagner levantou a bola na área e Adriano quase marcou de cabeça, mas a bola subiu muito e acabou indo pela linha de fundo.

Na etapa final o equilíbrio foi ainda maior e o Corinthians chegou assustando por duas vezes.
Aos 13 minutos Alessandro chutou a bola no ferro lateral que dá a sustentação a trave, arrancando o famoso "uuhh" da galera, seis minutos depois Lulinha perdeu um gol incrível ao chutar por cima uma bola que Rogério Ceni havia soltado na linha de fundo.

Do lado tricolor, muitos passes errados e pouca objetividade, o técnico Muricy demorou pra mexer na equipe e só aos 37 minutos promoveu a estréia do meia Carlos Alberto (ex-Corinthians), mas ele pouco pegou na bola.

Aos 41 teve o lance polêmico do gol anulado de Adriano, e o clássico ficou mesmo no 0-0 para decepção do torcedor que queria ver seu time vitorioso.

http://www.youtube.com/watch?v=BPNLyjHitzk
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que o Corinthians jogou melhor, e que se não fosse a má pontaria dos seus atacantes teria vencido o jogo.

Fim de uma hegemonia


O sérvio Novak Djokovic conquistou no Aberto da Austrália o primeiro título de Grand Slam em sua carreira.

Número 3 do ranking mundial, ele derrotou, de virada, na final deste domingo, o francês Jo-Wilfried Tsonga por 3-1, com parciais de 4/6, 6/4, 6/3 e 7/6 (2).

Djokovic, que eliminou Roger Federer nas semifinais, tirando do suíço a chance de arrebatar o 13º troféu de Grand Slam, entrou em quadra como favorito. Mas demorou a exercer essa condição diante de um tenista que chegou à decisão como "zebra" por estar apenas na 38ª colocação no ranking e não ser um dos cabeças-de-chave.

De um primeiro set tenso, em que lutou contra a motivação de Tsonga, Djokovic passou a dominar o confronto a partir da segunda série. Sem ter o saque ameaçado, o sérvio apresentou consistência e embalou para o histórico triunfo aos 20 anos de idade.

Dono de oito títulos em torneios de primeira linha, Djokovic disputou a segunda final de um Grand Slam. A primeira havia sido no ano passado, quando perdeu por 3-0 para Federer no Aberto dos Estados Unidos. Em 2007, também foi semifinalista em Wimbledon e em Roland Garros.

No Aberto da Austrália, o sérvio vinha de oitavas-de-final em 2007, mas mostrou uma campanha arrasadora neste ano. Sem perder nenhum set até a decisão, ele despachou tenistas de renome, como Lleyton Hewitt e David Ferrer, mas viveu seu melhor momento na semi, em que derrubou Federer, que buscava o quarto título em Melbourne.

Tsonga, de 22 anos, foi a surpresa da vez. Antes de despachar o espanhol Rafael Nadal na semifinal, ele havia vencido outros três cabeças-de-chave (o escocês Andy Murray na estréia, o francês Richard Gasquet nas oitavas e o russo Mikhail Youzhny nas quartas).

Djokovic pôs fim também a uma hegemonia em torneios de Grand Slam. É que o suiço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal monopolizaram os principais torneios do circutio masculino nos últimos três anos, conforme podemos ver abaixo :

Australian Open 2006 e 2007 - Roger Federer

Roland Garros 2005, 2006 e 2007 - Rafael Nadal

Wimbledon 2005, 2006 e 2007 - Roger Federer

US Open 2005, 2006 e 2007 - Roger Federer

Foram 11 competições seguidas, em que Federer dominou oito delas, com Nadal se dando bem no saibro francês de Roland Garros por três vezes. E agora, será que Djokovic vai também entrar para esse time ?

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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que Djokovic ainda vai vencer outros torneios de Grand Slam na sua carreira.

Gêmeos

Jo-Wilfried Tsonga. Guarde esse nome.

Esse francês chegou até a final do Aberto de Tênis da Austrália, eliminando ninguém menos que o espanhol Rafael Nadal (atual nº 2 do mundo) que ainda não havia perdido um set sequer na competição. E o placar foi incontestável : 3-0 (6/2, 6/3 e 6/2) fora o baile.

http://www.youtube.com/watch?v=Y8gusImmSsY

Mas o que chama a atenção no francês é sua semelhança com o atacante brasileiro Luis Fabiano, que atua no Sevilla da Espanha. Parecem até gêmeos, a diferença mesmo fica por conta da cabeleira do tenista.

Até a forma de comemorar do francês, a marra, o jeitão de garotão que está se divertindo enquanto faz aquilo que gosta (e ainda recebe muito pra isso), lembram a do "Fabuloso".
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que Tsonga além de ser parecido com Luis Fabiano, lembra muito o ex-boxeador Cassius Clay, mundialmente conhecido como Muhammad Ali.

Contra quem ?


A gente sabe que Lucas sempre chegou na frente no Grêmio e na Seleção.

Fazia gols, tocava pra frente. No Liverpool, segue tímido, marcando para o resto do time jogar, tocando de lado. Enfim, coisas de primeira temporada. Daqui a pouco passa.

A parte boa é que ele marcou seu primeiro gol pela equipe. E foi um golaço.

O poderoso Liverpool, com cinco Champions League nas costas, jogou contra o "famoso" Havant & Waterlooville, time que poderia até ser chamado da sexta divisão, mas que é uma espécie de "sem-liga". No entanto, o time é a grande sensação da temporada.

Como se sabe, a FA Cup é o torneio que reúne todos os times da Inglaterra. Uma delícia de competição. Se seu time da várzea for vencendo, nada impede que dispute jogos com os grandes. E assim foi o Havant & Waterlooville e seus jogadores amadores que têm como profissões de lixeiro a personal trainer.

O time abriu o placar contra o Liverpool em Anfield Road.
Lucas empatou. O time fez novamente 2-1. E aí o Liverpool virou para 5-2.

Valeu pelo primeiro tempo e pelo 2-2.
Um feito inacreditável, digno de filme, de documentário.

Fique com o golaço de Lucas abaixo (que ele se solte e que marque outros). Mas não se esqueça dos bravos (e alguns gordinhos) do Havant & Waterlooville. E viva o futebol.

http://www.youtube.com/watch?v=_kAtfyiClVY
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha a FA Cup uma competição incrível.

Aqui não


Campeonato Paranaense. Coritiba 4-0 Real Brasil.

Mais um jogo comum de um campeonato estadual, como tantos pelo país.

O Coxa confirmou seu amplo favoritismo e construiu a goleada sem maiores problemas, recuperando-se da derrota para o rival Atlético.

Mas o que chamou a atenção nessa partida ??

O goleiro Édson Bastos realizou três defesas em sequência, e evitou que a bola entrasse.

A jogada lembrou a famosa sequência de defesas do uruguaio Rodolfo Rodríguez em 1984 contra o América de São José do Rio Preto, pelo Campeonato Paulista. Rodolfo foi um dos maiores goleiros da história do Santos e foi também um dos principais responsáveis pelo título estadual daquele ano.

A diferença é que a sequência de Rodolfo foi fantástica e bem mais difícil, afinal foram cinco.

Veja abaixo e tire suas conclusões, qual foi a melhor sequência de defesas ?

http://www.youtube.com/watch?v=cOc92S2wUdw

http://www.youtube.com/watch?v=TQr4nZ6aV8M
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e achou as duas sequências maravilhosas, mas considera a do uruguaio bem melhor.

26 janeiro 2008

Eto'o histórico

Com uma atuação bem diferente da estréia, quando levou 4 a 2 do Egito, e beneficiada pelas falhas do adversário, Camarões goleou Zâmbia por 5 a 1 na tarde deste sábado (26/01), chegou aos três pontos e se recuperou na Copa Africana de Nações.

De quebra, viu o seu centroavante Samuel Eto'o marcar o quarto gol, de pênalti no segundo tempo, e igualar-se ao marfinense Pokou (seis gols em 1968 e oito em 1970) como o maior artilheiro de todos os tempos da competição, com 14 gols. O jogador do Barcelona também atuou nas CAN de 2000, 2002, 2004 e 2006.

A uma rodada do fim da fase de classificação para as finais, Camarões se igualou à Zâmbia na pontuação, mantendo chances reais de ir às quartas-de-final. No último jogo do grupo C, Camarões encara o Sudão, na próxima quarta-feira, enquanto Zâmbia pega o Egito.

O volante Geremi abriu o placar aos 28 do primeiro tempo, em cobrança de falta. O jogador aproveitou a má colocação da barreira e acertou o canto direito do goleiro para fazer 1 a 0. Depois do gol, Zâmbia, que estreou com uma boa vitória por 3 a 0 sobre o Sudão, não conseguiu se recuperar e se desestabilizou. A zaga demonstrou falta de entrosamento, e passou a errar seguidamente.

Aos 32 minutos, Job aproveitou um destes vacilos e ampliou. E a um minuto do intervalo, o camisa 10 Emana recebeu assistência na grande área, passou por um zagueiro e driblou o goleiro para ampliar a vantagem camaronesa para 3 a 0.

O domínio camaronês prosseguiu na etapa complementar. Aos 19 minutos, Eto'o bateu falta, a bola foi de encontro ao braço de um jogador na barreira e o árbitro marcou pênalti.
O centroavante do Barcelona bateu, fez 4 a 0, e se tornou o maior artilheiro da Copa das Nações ao lado de Pokou, da Costa do Marfim, que marcou o mesmo número de tentos entre as edições de 1968 e 1970.

Job aproveitou mais uma falha da defesa de Zâmbia aos 37 minutos ao ver um zagueiro recuar a bola de forma errada para o goleiro e só empurrou para as redes para fazer 5 a 0.
Katongo ainda diminuiu aos 45, ao se jogar na área para emendar um cruzamento da esquerda.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e fã de Eto'o.

24 janeiro 2008

A letra do uruguaio

Acosta marcou seu primeiro gol com a camisa corinthiana.

Foi ontem (23/01) no Morumbi, contra o Paulista de Jundiaí, na vitória de 2-0.

E foi um golaço, de letra, após uma baita jogada, desenvolvida por André Santos, Éverton Ribeiro e Alessandro que cruzou para o uruguaio mandar pras redes com um lindo toque de calcanhar.

http://www.youtube.com/watch?v=Z7k9lk2Uy_s
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acredita que Acosta será um jogador excelente na temporada corinthiana.

Artilheiro da Alegria

O irreverente e polêmico atacante Viola, de 39 anos está defendendo as cores do Duque de Caxias, o mais novo clube do Campeonato Carioca 2008.

O "Artilheiro da Alegria", como era conhecido chegou ao Rio cheio de pose e ontem no Maracanã mostrou que ainda conhece e muito o caminho do gol.

O clube da Baixada enfrentou o Fluminense e em 25 minutos de jogo já vencia por 2-0, o segundo gol uma beleza de voleio do atacante que já foi ídolo no Corinthians, Santos, Vasco, Bahia...

http://www.youtube.com/watch?v=ZrZnimFSZL0

Mas no 2º tempo o Flu reagiu e virou com três golaços (Thiago Silva, Leandro Amaral e Washington), para alívio da torcida. A sorte do Fluzão foi ter começado a segunda etapa de forma arrasadora, tanto que em 8 minutos já havia empatado em 2-2, o gol da vitória saiu aos 27 minutos. Foi a segunda vitória do Tricolor, favorito ao título estadual dessa temporada.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e sente saudades da época que Viola jogava no Timão, onde marcou mais de 100 gols.

Rei Grego

Márcio Amoroso dos Santos.

Aqui no Brasil todos o conhecem como Amoroso, um meia atacante formado no Guarani de Campinas, dotado de boa habilidade e rapidez, que iniciou sua carreira no clube campineiro em 1994 e de cara já foi artilheiro do Campeonato Brasileiro daquele ano, levando o Bugre até as semifinais firmando uma excelente dupla de ataque com Luizão.

Do Guarani, Amoroso foi pro Flamengo onde jogou a temporada de 1996, até ser negociado com a Udinese da Itália, onde ficou por 3 anos e foi artilheiro do Campeonato Italiano de 1999 com 22 gols, depois o brasileiro foi jogar no Parma, no Borussia Dortmund da Alemanha (onde foi artilheiro do Campeonato de 2002 com 18 gols).

Da Alemanha, ele foi pra Espanha jogar no Málaga, onde foi contratado pelo São Paulo para disputar a Taça Libertadores de 2005. Jogando bem e formando de novo uma dupla com Luizão, Amoroso foi fundamental na conquista do tricampeonato continental do Tricolor.
Talvez esse foi seu último grande momento no futebol, porque depois do São Paulo, Amoroso voltou à Europa pra defender o Milan, mas o time italiano quase nem o aproveitou e ele voltou ao Brasil para jogar pelo Corinthians, porém foram menos de 20 partidas e apenas 3 gols, numa passagem marcada por contusões e uma péssima administração da diretoria alvinegra.

O Grêmio foi seu último clube em terras brasileiras, mas Amoroso não chegou nem a jogar 10 partidas pelo clube gaúcho. Agora ele embarca de novo pra Europa pra tentar voltar a brilhar, e o destino foi a Grécia, pra ser mais exato o time do Aris Salonica, um time pequeno da primeira divisão do futebol grego que conta com outros brasileiros como Thiago Gentil e o zagueiro Ronaldo Guiaro.

Se levarmos em conta a recepção que o atacante teve por lá, Amoroso vai ser o grande nome do campeonato e a torcida deve estar pensando que ele joga uma barbaridade.
Vejam só o que a torcida fez no dia da sua chegada ao clube :

http://br.youtube.com/watch?v=5uHy3jXgVAA

Pela Seleção Brasileira, Amoroso jogou 20 partidas, marcou e 10 gols e foi campeão da Copa América de 1999. Outro fato interessante é que quando Amoroso foi revelado pelo Guarani, antes de estrear no time profissional ele foi emprestado ao Verdy Kawasaki do Japão onde foi campeão japonês em 1993 e da bicampeão da Copa da Liga (1992-93).
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e ficou impressionado com essa recepção da torcida grega, imagine só se o clube traz um Ronaldinho, um Pato ou um Robinho.

Empatados

O grupo D é de longe o mais equilibrado dessa Copa Africana.

Senegal, Tunísia, Angola e África do Sul integram o chamado "grupo da morte", onde apenas duas seleções sobreviverão até as quartas-de-final.

E logo na rodada de abertura, o equilíbrio foi evidente, pois as quatro equipes saíram de campo com um pontinho, já que ambas as partidas terminaram empatadas.
A seleção de Senegal se segurou na frente no placar até os últimos minutos, mas cedeu o empate à Tunísia quando faltavam menos de dez minutos para o final da partida.

Nesta quarta-feira, os senegaleses levaram um gol aos 37 minutos do segundo tempo e pararam na igualdade por 2 a 2 com os tunisianos no grupo que promete ser o mais equilibrado da primeira fase. Sensação da Copa do Mundo de 2002 ao chegar às quartas-de-final, Senegal saiu atrás no placar, já que Jemaa abriu o placar para a Tunísia aos 9 minutos do primeiro tempo. Antes do intervalo, Sall empatou, aos 45 minutos.
Na etapa final, Kamara colocou os senegaleses na frente, aos 21 minutos, mas Traouri decretou o empate para a Tunísia a sete minutos do fim do jogo. A Tunísia é uma das seleções mais tradicionais do continente africano nos últimos dez anos. Além de ir às três Copas passadas (1998, 2002 e 2006), a equipe foi campeã da Copa das Nações em 2004.
Senegal, por sua vez, tem como melhor campanha o vice campeoanto de 2002.

Já a África do Sul, seleção dirigida pelo brasileiro Carlos Alberto Parreira, estreou com um empate dramático nesta quarta-feira na Copa Africana de Nações. Os Bafana Bafana saíram atrás contra Angola, mas conseguiram nos minutos finais o resultado de 1 a 1 em jogo válido pela primeira rodada do grupo D.

Angola saiu na frente contra a seleção de Parreira com gol de Manucho, aos 30 minutos do primeiro tempo, desviando de cabeça após cruzamento de Flávio. O gol fez a alegria dos torcedores angolanos, que ocuparam cerca de três quartos das dependências do estádio em Tamale.
No segundo tempo, a África do Sul encontrou dificuldades para ameaçar o gol de Angola. Do lado de fora, Parreira chegou a discutir com o árbitro Koman Colubaly, de Mali, reclamando de uma falta não marcada a favor de sua seleção. Mas, aos 43 minutos, Elrio van Heerden, atacante do Bruges (futebol belga), conseguiu o empate para a África do Sul com uma bela finalização de esquerda. Os sul-africanos voltam a campo no próximo domingo, mais uma vez em Tamale, desta vez para enfrentar a Tunísia, em compromisso vital para as chances de classificação para a próxima fase. No mesmo dia, Angola e Senegal fazem a segunda partida na competição.
A Copa Africana de Nações é a etapa mais importante até o momento de Parreira no comando dos Bafana Bafana. O treinador brasileiro, que tem como objetivo prioritário de trabalho a preparação da equipe para o Mundial de 2010, iniciou sua gestão à frente da seleção em janeiro de 2007.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e aposta na Tunísia e na África do Sul como as seleções que vão se classificar para a próxima fase.

23 janeiro 2008

Leões domados

Atual campeão e maior vencedor do torneio, o Egito iniciou a disputa da Copa Africana de Nações de 2008 com goleada, nesta terça-feira. Pelo grupo C da primeira fase, a equipe bateu a seleção de Camarões, por 4 a 2, no estádio Baba Yara, na cidade de Kumasi, em Gana.

Os destaques egípcios foram o atacante Mohamed Zidan, do Hamburgo da Alemanha, e Abdel, com dois gols anotados cada um. Abdel abriu o placar para o Egito, de pênalti, aos 14 minutos, e fechou o placar, aos 37 da segunda etapa. Já Zidan fez o segundo e o terceiro gols, aos 17 e 45 minutos do primeiro tempo. Pelo lado de Camarões, o único que se salvou foi o atacante do Barcelona, Samuel Eto'o.


Ele anotou os dois gols camaroneses, aos seis e aos 45 do segundo tempo, o segundo em cobrança de pênalti. No entanto, não foi o suficiente para os leões indomáveis, que sucumbiram diante dos atuais campeões da Copa Africana.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e não contava com essa derrota por goleada de Camarões.

22 janeiro 2008

Elefantes x Águias

O atacante Salamon Kalou roubou os holofotes de Didier Drogba nesta segunda-feira. O atacante do Chelsea, normalmente coadjuvante da grande estrela da seleção da Costa do Marfim, foi o responsável pela vitória marfinense por 1 a 0 sobre a Nigéria, na estréia da Copa Africana de Nações.

Kalou marcou um golaço aos 21 minutos do segundo tempo. Após rebatida da zaga nigeriana, o atacante do Chelsea dominou a bola, driblou três zagueiros e tocou no canto, na saída do goleiro Austin Ejide.

Um dos garotos propaganda do futebol africano, Drogba não viu problemas em dividir os holofotes. "Hoje, não é o eu que importa, mas o nós, o time", afirmou após o jogo. "A parte mais difícil da primeira fase foi feita. Nigéria era nosso maior rival pela classificação", completou o capitão marfinense.

O gol coroou a melhor atuação do time da Costa do Marfim no segundo tempo, mais organizado em campo. A defesa marfinense, comandada por Kolo Toure, do Arsenal, conseguiu conter o "ataque inglês" nigeriano, formado por Kanu, Yakubu, Utaka e Martins, todos da primeira divisão inglesa.

A Nigéria teve chances no primeiro tempo, mas não soube aproveitar. Kanu chutou com perigo aos quatro minutos, após receber passe de Yakubu. Aos 15, Taye Taiwo chutou na cara do goleiro Boubacar Barry, que defendeu.

Após ser dominado pela defesa nigeriana, formada por Yobo e Shittu, o ataque da Costa do Marfim, com os companheiros do Chelsea Kalou e Drogba acordou no segundo tempo. Depois do gol de Kalou, Keita quase ampliou para os marfinenses aos 24, mas o chute da entrada da área foi para fora.

Daí pra frente foi só administrar o placar e comemorar a vitória contra um adversário direto na briga por uma vaga nas quartas de final.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e lamenta não ter visto esse clássico africano.

21 janeiro 2008

Separados no nascimento

O atacante brasileiro Ronaldo, do Milan entrou em campo neste domingo para enfrentar a Udinese (vitória milanesa por 1-0) apresentando seu mais novo penteado.

O ex-careca, ex-"Cascão" e agora ex-black power, veio com um corte meio rasta, meio "Mônica" (a dos quadrinhos, obviamente), meio Carlitos Tevez nos tempos de Corinthians.
Simplesmente indefinível.

No mínimo esquisito não ?? Mas isso gera um marketing incrível, principalmente entre a garotada. Me lembro de vários garotos no estádio imitando o corte de Tevez, afinal ídolo é ídolo e todos gostam de imitar, principalmente os fãs.
Vale pela semelhança, espero que traga sorte ao Fenômeno, assim como trouxe a Carlitos.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e imagina como seria uma dupla de ataque entre Ronaldo e Tevez : fatal.

Gana de vitória

Os anfitriões de Gana venceram a partida inaugural da Copa Africana de Nações, neste domingo.

Gana bateu a Seleção de Guiné por 2 a 1, com um gol no último minuto do armador Sulley Ali Muntari.

A partida de abertura da CAN contou com presenças ilustres. Estavam no estádio em Acra os presidentes da Fifa, Joseph Blatter e da Uefa, Michel Platini. Mais da metade dos jogadores da competição atuam em clubes europeus.

O jogo não foi exatamente um grande espetáculo. Visivelmente superior, Gana tomou a iniciativa durante todo o primeiro tempo, deixando apenas alguns contragolpes para os guineenses alimentarem esperanças.

A sorte também não sorriu para Gana, que colocou três bolas na trave do goleiro da Guiné. Somente no 2º tempo, ao 8 minutos, é que Gana conseguiria abrir o marcador, depois que o atacante Agogo foi derrubado dentro da área pelo defensor Kalabané e o árbitro marcou pênalti.

O atacante da Udinese, Asamoah Gyan bateu e converteu. Mas aos 20 minutos, o defensor guineense Kalabané teria sua chance de se redimir. Num escanteio batido da direita, ele subiu mais alto que a marcação de Gana e cabeceou forte. O goleiro ainda tentou desviar, mas a bola passou da linha e o juiz confirmou o gol.

Porém, no último minuto, Muntari recebeu uma bola na intermédiaria e bateu com violência no ângulo esquerdo do goleiro da Guiné, sem dar chance de defesa, fechando o placar.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e fã da velocidade dos jogadores africanos em geral.

25 anos sem Mané

Pelé deixava o estádio boquiaberto. Garrincha fazia o estádio gargalhar.

O Rei beirava a perfeição, como Michelangelo. Mané alegrava, como Van Gogh.

O "Atleta do Século" era Spielberg. A "Alegria do Povo" era o próprio Chaplin.

Um lembrava Beethoven, o outro, Mozart.

O Rei Pelé, é o melhor de todos os tempos. Mané Garrincha, a "Alegria do Povo", foi o segundo.
Mesmo que o mundo não reconheça, Garrincha foi sim, o segundo melhor jogador da história do futebol.

E com Pelé e Garrincha juntos, a Seleção Brasileira jamais perdeu um jogo sequer. Foram 40 partidas, 36 vitórias e apenas quatro empates.

Por herético que pareça, Garrincha conseguiu ser até mais importante que Pelé nas duas Copas do Mundo vencidas pela Seleção Brasileira com ambos em campo -- em 1958, na Suécia, e em 1962, no Chile.

Na primeira, o Brasil provavelmente venceria mesmo sem o menino Pelé, com 17 anos. Teria sido mais difícil, sem seus seis gols e tanta genialidade. Mas, sem Mané, talvez tivesse sido impossível, arma letal para desarrumar as defesas européias.

Indiscutível, no entanto, que na Copa do Chile, na qual Pelé saiu machucado no segundo jogo, Garrincha fez pelo Brasil o que só Maradona foi capaz de fazer pela Argentina, no México, 24 anos depois : ganhou a Copa praticamente sozinho.
Ali, ele driblou como sempre e fez gols, quatro, como nunca. Mais: armou pelo meio, marcou gol de cabeça, de pé esquerdo, de fora da área, bateu faltas, uma das quais, no rebote do goleiro inglês, acabou e gol do Brasil. Enfim, ele pintou e bordou.

Assumiu o papel de ator principal, acostumado que estava a ser coadjuvante de Pelé.
Até ser expulso de campo ele foi (pela quarta e última vez em 20 anos de carreira), na semifinal, contra os anfitriões, depois de muito apanhar de seus marcadores chilenos.
E jogou a finalíssima febril.

Em 1970, ano do tricampeonato brasileiro, Garrincha já não estava e Pelé foi maravilhoso, como era habitual. Mas, novamente, é possível supor que o Brasil seria campeão mesmo sem ele.
No Chile, no entanto, sem Garrincha, jamais.

E, enfim, para enaltecer o maior camisa 7 da história não é preciso compará-lo a ninguém, embora inevitável, mas já suficiente. Até porque Garrincha foi único.
Tão único que apenas uma vez, em 60 jogos, saiu derrotado de campo com a camisa da Seleção Brasileira. E foi exatamente em sua última participação pelo time da CBF, na Copa da Inglaterra, em 1966, Brasil 1, Hungria 3. No mais, foram 52 vitórias e sete empates.

Mané Garrincha era pura fantasia. E, fisicamente, improvável.
A tal ponto que foi dispensado de servir ao Exército sem nem sequer precisar de exame médico. O sargento que o recebeu achou que ele era deficiente físico e dispensou-o sem mais.
Tinha o joelho direito virado para dentro e o esquerdo, para fora.

Em regra, as pessoas são genuvaras (os dois joelhos voltados para fora) ou genuvalgas (para dentro). Ele não era nem uma coisa nem outra. Ou era ambas.

De quebra, tinha um deslocamento de bacia.
Daí porque ser praticamente impossível marcá-lo.
Se o marcador olhasse para os seus joelhos ficaria inteiramente desorientado. Se olhasse para o seu tronco que, é claro, sempre acompanha o movimento do corpo, também se perderia, porque o deslocamento da bacia causava confusão.
E todo mundo sabia que ele só driblava para a direita. Mas ninguém conseguia roubar a bola dele.

Vale relembrar.
Os dois alvinegros, Santos e Botafogo, faziam os grandes jogos da época, anos 60. Pelé x Garrincha, fora outros gigantes de ambos os timaços.
Pois o Pacaembu, em São Paulo, estava lotado para ver mais uma disputa genial.
Pelé e Mané estavam em campo, mas o diabo estava era no corpo que vestia a camisa 7, não a 10. O lateral esquerdo Dalmo, do Santos, viveu uma tarde de terror. Garrincha pegava a bola e, andando, levava Dalmo até dentro da grande área, onde o zagueiro não podia fazer falta.
O Pacaembu não acreditava no que via: um ponta andar da intermediária até a área, sem que o lateral tentasse tirar a bola, temeroso do drible desmoralizante. Até que Dalmo percebeu que tinha virado motivo de chacota dos torcedores, muitos dos quais nem santistas eram, mas que iam ao campo na certeza do espetáculo.
E Dalmo resolveu bater, fora da área. Bateu uma vez, Garrincha caiu, o árbitro marcou a falta e repreendeu o paulista. Bateu outra vez, Garrincha voltou ao chão, o árbitro marcou a falta e ameaçou Dalmo de expulsão, porque naquele tempo o cartão amarelo não existia.
A terceira falta de Dalmo foi a mais violenta, como se ele tivesse pensando: "Arrebento essa peste, sou expulso, mas ele não joga mais".

Pensado e feito. Enquanto o gênio das pernas tortas estava estirado no bico direito da área dos portões principais do Pacaembu, o árbitro determinava a expulsão de Dalmo, cercado por botafoguenses justamente irados com seu gesto.
Eis que, como um acrobata, Garrincha levanta-se, afasta seus companheiros, bota o braço esquerdo no ombro de Dalmo e o acompanha até a descida da escada para o vestiário, que, então, ficava daquele lado.

Saíram conversando, como se Garrincha justificasse a atitude, entendesse que, para pará-lo, não havia mesmo outro jeito.
O Botafogo ganhou de 3 a 0 e saiu aplaudido do estádio. Tinha visto uma autêntica exibição do Carlitos do futebol, digna mesmo de Charles Chaplin, divertida, anárquica, humana, sensível, solidária.

Assim Mané levava o futebol e a vida. Sem maldade.
Talvez também por isso, o povo brasileiro o amou mais do que qualquer outro ídolo do futebol.
Garrincha não se enquadrava em nenhuma teoria e foi a melhor prova de que nada é mais injusto do que tratar igualmente os desiguais.
Ele merecia tratamento especial. Ou era assim ou não teria sido o que foi.

Nilton Santos, por exemplo, seu compadre e líder do grande Botafogo dos anos 50 e 60, gosta de contar que de vez em quando surgiam reclamações dentro do elenco alvinegro por causa das regalias do camisa 7.
Quando a situação começava a dar pistas de uma crise iminente, o lateral-esquerdo reunia os jogadores e os catequizava. "É verdade que o Mane não aparece na revisão médica às segundas-feiras. É que na segunda-feira ele vai para Pau Grande, sua cidade, caçar passarinho. Sei também que nem sempre ele aparece para treinar na terça, principalmente quando o tempo está bom. É que ele dá uma esticadinha, fica caçando mais um pouco, e tomando sua cachaça. É também fato que ele vira-e-mexe foge da concentração. Mas ninguém pode acusá-lo de não jogar aos domingos e nos jogos ele garante o nosso bicho. É só isso que temos de cobrar dele: que nos garanta os prêmios por vitórias. Esse negócio de revisão médica, treinamentos, concentrações é para nós, mortais, comuns. O Mané é diferente".

E bote diferente nisto.
Garrincha era um sujeito simples, ingênuo mesmo, mas muito inteligente, diferentemente do que o folclore sempre quis fazer parecer.
São inúmeros os casos que o têm como protagonista central, boa parte deles fruto da imaginação de quem os contou.

Sobre isso, por sinal, é recomendável a leitura do grande livro "Estrela Solitária – Um brasileiro chamado Garrincha", obra-prima do jornalista Ruy Castro, publicado em 1995 pela editora brasileira Companhia das Letras.
(Ruy Castro, por sinal, prefere comparar Mané Garrincha ao comediante mexicano Cantinflas e a Harpo, um dos irmãos Marx, e discorda dos que o comparam a Chaplin, embora fosse impossível ver Garrincha sem lembrar de Carlitos e vice-versa).

Na biografia, revelam-se todos os ângulos do ponta-direita e, sem rodeios, como o álcool o devastou, levando-o a um fim dramático e inglório.
O imortal compositor Tom Jobim costumava dizer que o povo brasileiro é tão original que entre um vencedor e um perdedor sempre escolhe o segundo, razão pela qual Garrincha era mais amado que Pelé.
Uma evidente meia-verdade porque se, de fato, o craque botafoguense não teve a vida que merecia, por outro lado, dentro dos gramados, foi um incontestável vencedor. Como poucos, aliás.
Mané Garrincha nasceu Manuel dos Santos, em 28 de outubro de 1933, em Pau Grande, município do estado do Rio de Janeiro. As pernas tortas foram herança da mãe, Maria Carolina, e o alcoolismo herdado geneticamente do pai, Amaro.

Sobre ele, alguns dos principais escritores e jornalistas brasileiros cunharam frases como estas :

"Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifúndio." (Armando Nogueira);

"Como o poeta, tocado por um anjo, como um compositor, seguindo a melodia que lhe cai do céu, como o bailarino atrelado ao ritmo, Garrincha joga futebol por pura inspiração." (Paulo Mendes Campos);

"E a civilização não era o elemento de Garrincha. A graça estava em driblar, apenas driblar. Estava no futebol em estado selvagem e lúdico, que era como os índios o jogariam, se soubessem." (Ruy Castro).
E um jornal chileno, "El Mercúrio", perguntou, durante a Copa do Mundo de 1962, em manchete : "De que planeta viene ?"
Garrincha veio de um planeta desconhecido da imensa maioria dos atletas europeus, mas velho conhecido dos jogadores do Terceiro Mundo.

O campinho que serviu de palco para seus primeiros jogos quando ainda menino ficava à beira de uma ribanceira.
Ruy Castro descreve: "Conduzir a bola descalço, sem torcer o pé num daqueles buracos, já seria uma façanha. Driblar perto da ribanceira sem deixar a bola escorrer por ela, façanha maior ainda. Garrincha praticava as duas proezas com a maior facilidade. No primeiro caso porque, de tanto topar com os buracos, aprendera a driblá-los junto com o adversário; no segundo, porque detestava ter de descer a pirambeira para buscar a bola – donde tentava não perdê-la. O normal era que jogassem Garrincha e mais dois contra sete ou oito, para a partida ficar equilibrada".

Com um aprendizado em tais condições, só mesmo os italianos ficaram surpresos com a atuação dele num amistoso diante da Fiorentina, pouco antes da Copa do Mundo de 1958.
É ainda Ruy Castro quem narra: "O Brasil já ganhava por 3 a 0, mas o quarto gol, que foi de Garrincha, aos 30 minutos do segundo tempo, sangrou a Fiorentina até a morte. Garrincha transformou os italianos em soldadinhos de cartas, um derrubando o outro à sua passagem. Robotti foi o primeiro que ele driblou. Magnini apareceu para ajudar Robotti e foi igualmente driblado. O goleiro Sarti abandonou a meta para enfrentar Garrincha e também foi fintado. Com o gol vazio, Garrincha poderia ter chutado, mas Robotti conseguira voltar para combatê-lo. Garrincha tirou-o da jogada com um drible de corpo e Robotti teve de segurar-se na trave para não cair. Garrincha, então, apenas caminhou com a bola até dentro do gol". Como se quisesse evitar que a bola descesse ribanceira abaixo.

Diz a lenda que a brincadeira tirou-o do time titular do Brasil no começo da Copa e , fábula ou não, o fato é que ele só entrou na equipe no terceiro jogo, quando enlouqueceu os soviéticos do começo ao fim da partida.
Entre 1955 e 1962, Mané Garrincha foi isso, arte em estado puro.
De 1962 em diante, embora tenha jogado a Copa da Inglaterra, em 1966, ele tentou apenas sobreviver.
Seus joelhos já estavam em situação miserável e o alcoolismo se acentuava dramaticamente.

O melhor ponta-direita da história não conseguia driblar seus fantasmas e, no dia 20 de janeiro de 1983, nove meses e oito dias antes de completar 50 anos, Manoel dos Santos morreu miserável e esquecido para passar a ser reverenciado como um dos grandes gênios do futebol.
Mas gênio mesmo, com G de Garrincha.

* Texto escrito originalmente para e publicado no livro "Futebol de muitas cores e sabores", da coleção Saberes do Desporto, Editora Campos das Letras, da Universidade do Porto, Portugal, em 2004.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e extraiu esse texto maravilhoso do blog do Juca Kfouri.

18 janeiro 2008

África, o continente do futebol

Começa no próximo dia 20/01 a Copa Africana de Nações.

A CAN, é disputada a cada dois anos (diferentemente da Copa América ou da Eurocopa que é de quatro em quatro) e esse ano será sediada em Gana.

O sistema de disputa é muito simples : quatro grupos de quatro seleções, as duas melhores de cada chave avançam para as quartas-de-final e daí pra frente é tudo na base do mata-mata.

Apesar de não ter uma grande divulgação no Brasil, a Copa Africana reúne grandes craques que desfilam seu futebol pelos gramados de toda Europa.

Feras como Samuel Eto'o (Camarões) e Didier Drogba (Costa do Marfim), pra ficar nos mais conhecidos, mas ainda tem gente boa como Fred Kanouté (Mali), Oba Oba Martins (Nigéria), Michael Essien (Gana), Pascal Feindouno (Guiné) entre outros.

Mas infelizmente muita gente boa também vai ficar de fora, caso das seleções da Argélia (de Karim Ziani), Togo (de Emmanuel Adebayor) e da seleção do Congo (que tem Lomama Lualua).

A seleção de Gana é uma das favoritas ao título, não só por jogar em casa, mas por ter um elenco muito bom que chegou até as oitavas de final da Copa do Mundo de 2006, quando foi eliminada pela Seleção Brasileira. Mas na hora que a bola rolar, as emoções vão começar e aí tudo pode acontecer. Vamos estar acompanhando aqui no blog, com certeza.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha que a Copa Africana será um sucesso.

Artilharia pesada

Depois da estreía de Santos e Portuguesa, ontem foi a vez dos outros grandes do Estado iniciarem sua participação no Campeonato Paulista.

E o grande destaque da noite foi a atuação dos artilheiros, dos chamados "matadores", os bons e velhos centroavantes que estão lá na área pra empurrar a bola pras redes e fazer a alegria da galera nas arquibancadas de todo país.

Em Barueri, o Palmeiras recebeu o Sertãozinho (o estádio Palestra Itália está passando por reformas no seu gramado) e na reestréia de Luxemburgo no comando, a equipe jogou bem no segundo tempo, principalmente após a entrada do meia William que deu mais movimentação ao ataque e os gols foram saindo naturalmente.

O atacante Alex Mineiro, marcou logo aos 2 minutos da etapa final e depois balançou de novo as redes aos 19, três minutos depois foi a vez de William marcar e correr pra abraçar Luxa no banco. O time do interior descontou com Marcos Denner aos 31 minutos e ficou nisso.

Já em Guaratinguetá, o time do Vale do Paraíba recebeu o São Paulo e chegou até a sair na frente no placar com um gol de Renato, mas logo no comecinho do segundo tempo, aos 40 segundos pra ser mais exato, Adriano cobrou falta com força e empatou a partida, marcando seu primeiro gol oficial em seu retorno ao Brasil.

O "Imperador" era a principal atração da noite e fez por merecer toda atenção ao marcar o gol da virada aos 34 minutos, em outro chute forte de perna esquerda. Com a vitória e a boa atuação, o atacante espera agora ter mais tranquilidade para desenvolver seu bom futebol.

Pra fechar a rodada dos artilheiros, o renovado Corinthians, com 7 novos jogadores em campo, venceu o Guarani no estádio do Morumbi. E por um placar até inesperado : 3-0.

O primeiro tempo foi truncado, com as equipes se estudando, arriscando pouco e mesmo assim o Corinthians chegou a acertar o travessão bugrino com Finazzi. Na volta do intervalo o treinador Mano Menezes tirou o meia Marcel e colocou o atacante Dentinho.

E o garoto fez a diferença no jogo. Começou a jogada do primeiro gol, marcou o segundo (de peito) e sofreu o pênalti que originou o terceiro. Nada mal não ?? Ah, sim os outros dois gols foram anotados por Finazzi, que formou uma boa dupla de ataque com o uruguaio Acosta.

Outro fator marcante do jogo foi a presença de 29.084 pagantes numa quinta-feira chuvosa e com o jogo começando as 21:50. Realmente a Fiel é uma torcida diferenciada.

Uma noite e tanto para os "matadores : Alex Mineiro, Adriano e Finazzi com dois gols cada e ainda teve o Christian que marcou um pela Lusa na quarta-feira. A briga pela artilharia vai ser um show a parte nesse Paulistão 2008. Tomara.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e está animado com o bom começo do Corinthians no campeonato.

17 janeiro 2008

Paulistão 2008

Finalmente a bola voltou a rolar pelos gramados paulistas e o campeonato mais equilibrado do país teve início ontem.

As 16:00 hs. Juventus x Noroeste fizeram a primeira partida da competição no estádio da Rua Javari, debaixo de um calor incrível e terminaram empatados em 1-1.

Logo depois jogaram ainda Rio Claro 2-0 Paulista, Ponte Preta 4-2 Ituano e Mirassol 2-1 Barueri.

E pra encerrar a rodadade ontem, o atual (bi) campeão Santos subiu a serra para enfrentar a Portuguesa, no estádio do Morumbi.

Como em todo começo de temporada, as equipes ainda estão sem entrosamento e com a condição física longe do ideal, mas foi um jogo bem agradável e a Lusa mereceu a boa vitória por 2-0, com destaque para a dupla de ataque Diogo-Christian.

No primeiro tempo, aos 14 minutos após cobrança de escanteio o veterano centroavante subiu antes de Betão pra cabecear a bola pro fundo das redes santistas, alguns minutos depois o Santos perdeu o lateral Kléber, após sentir dores na virilha e aí com seu principal jogador de fora o time praiano perdeu força, mas ainda assim criou uma boa oportunidade com o garoto Wesley mas ele acabou chutando longe do gol lusitano.

No segundo tempo, o técnico Vágner Benazzi reforçou a marcação e dificultou ainda mais a tarefa do Peixe que buscava o empate apostando nas bolas longas para Kléber Pereira, que tentou marcar até de bicicleta mas acabou mandando pra fora. Até que aos 38 minutos, após outra cobrança de escanteio Ramón cabeceou a bola na trave e no rebote Marcelo mandou pras redes e decretou o placar final da partida.

A Lusa retornou com tudo à elite paulistana e de uma certa forma se vingou do Santos que em 2006 conquistou o título e ainda mandou o time do Canindé pra Série B estadual.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e gostou muito da estréia lusitana no campeonato.

16 janeiro 2008

Super Técnicos


Mirassol, Sertãozinho, Rio Claro, Guaratinguetá...tudo bem, o nível do Paulistão não será dos melhores, mas entre os quatro principais clubes do Estado a briga promete ser muito boa.

Oficialmente o campeonato começa hoje, mas desde dezembro/2007 já se sabia quem iria comandar as equipes. E é justamente por isso que a competição tem tudo pra ser empolgante, acirrada e muito badalada.

O Santos, atual bicampeão terá Emerson Leão no comando, e o caminho para o tri será bem difícil para o time litorâneo. Já o São Paulo manteve Muricy Ramalho por mais uma temporada apostando no seu bom desempenho em torneios estaduais, além de prestigiar o ótimo trabalho que ele faz a frente do Tricolor desde 2006.

Mano Menezes vai se aventurar a dirigir o Corinthians, o maior vencedor do Estado. Um desafio e tanto para o treinador gaúcho e por fim, Vanderlei Luxemburgo retorna ao Palmeiras, depois de 6 anos para tentar tirar o time de Pq. Antarctica de uma fila que já dura 11 anos sem um título estadual.

Façam suas apostas, o campeonato vai começar e as emoções também.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acredita que os quatro clubes estarão nas semifinais do campeonato.

14 janeiro 2008

Patômico

Com dois gols de Ronaldo, um de Kaká e outro do estreante Alexandre Pato sobre o Napoli na noite deste domingo, a "colônia brasileira" do Milan construiu uma vitória por 5 a 2 e levou ao delírio a torcida que lotou o San Siro em jogo da 18ª rodada do Campeonato Italiano. Seedorf completou a goleada.

Com o resultado, o time milanês conheceu a sua primeira vitória em casa na temporada (oito jogos), foi a 21 pontos, mas permaneceu na 12ª posição da tabela, com três jogos a menos do que seus rivais em função da disputa do Campeonato Mundial de Clubes, no ano passado. A líder é a Internazionale de Milão, que bateu o Siena nesta tarde por 3 a 2 e foi a 46 pontos.

Com os dois gols marcados no estádio San Siro, Ronaldo, cuja contratação foi especulada pelo Flamengo para a disputa da Copa Libertadores da América, contabiliza agora quatro na temporada 2007/2008 do Italiano. O artilheiro é Trezeguet, da Juventus, com 13.

A atuação do centroavante brasileiro começou efetivamente aos 10 minutos, quando recebeu passe de Kaká dentro da área e chutou rasteiro para defesa de Iezzo. Um minuto depois, Kaká tentou encobrir o goleiro, mas mandou a bola para fora. Ronaldo marcou pela primeira vez na noite aos 15 minutos, após passe de Pirlo. Dentro da área, o camisa 99 chutou, viu a bola desviar em Iezzo e entrar antes de Pato tentar emendar o lance de cabeça.

Pato apareceu de forma mais direta aos 19 minutos, quando fez jogada fora da área, limpou o lance e chutou forte para defesa do goleiro do Napoli. Após um início em bom ritmo, o trio brasileiro caiu um pouco de ritmo e o Milan deu espaços ao adversário. O rival empatou o placar aos 27 minutos, quando Sosa aproveitou vacilo da zaga do Milan e apareceu no meio da área para tocar a bola na saída de Dida : 1 a 1.

O duelo ainda seria bem movimentado até o intervalo. Três minutos depois, Ronaldo deu bom passe a Pato, que desperdiçou a oportunidade de marcar o gol e viu o veterano Seedorf, na sobra, emendar com chute forte para fazer 2 a 1. Aos 37 minutos, Kaladze fez pênalti em Lavezzi, Domizzi bateu e empatou novamente.

E se o início do primeiro tempo foi bom para os brasileiros, o começo da etapa complementar foi melhor. Antes do primeiro minuto, Seedorf fez jogada pela direita, cruzou e Ronaldo fez um raro gol de cabeça ao se jogar para antecipar o zagueiro. Aos 22 minutos, Kaká reapareceu em campo e, de fora da área, chutou no canto de Iezzo para fazer 4 a 2 após passar um bom tempo apagado. Ronaldo foi substituído por Emerson na seqüência das comemorações.

Só faltava o gol de Pato, e o jovem revelado pelo Internacional balançou as redes aos 28 minutos, quando já dominava as ações de ataque do Milan. Ele recebeu passe ruim, dominou a bola invadindo a área e a tocou por baixo de Iezzo.

Além da torcida e do time do Milan, a imprensa italiana também exaltou a estréia oficial de Alexandre Pato com a camisa rubro-negra.

O site do jornal “La Gazzetta Dello Sport” fez uma analogia com o apelido do ex-colorado e chamou o time de Milan de “Patômico”.

- Espetáculo puro no San Siro com o clube rossonero superando o Napoli com dois gols de Ronaldo, Kaká e um mágico da jovem estrela brasileira – escreve a publicação, referindo-se, obviamente, a Alexandre Pato.
- Milan show : Pato, estréia e gol – diz a manchete do portal do diário “Corriere dello Sport”.
- Show brasileiro no San Siro, com gol de Pato também – publica o site italiano “DataSport.it”.


É, o menino começou bem por lá.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e torce para que Pato tenha sucesso em sua carreira.

04 janeiro 2008

Era do Gelo

Terça-feira, primeiro dia do ano. Feriado mundial.

E um clássico a ser jogado, mas não de futebol, muito menos basquete ou vôlei.

Um clássico de hockey no gelo, em pleno inverno norte-americano.

O embate seria entre o Buffalo Sabres e o Pittsburgh Penguins, duas equipes tradicionais do esporte, mas um fato curioso marcaria pra sempre essa partida : ela foi disputada a céu aberto, fora de um ginásio, pela 1ª vez (em solo americano) na história da liga.

Em novembro de 2003, Montreal Canadiens x Edmonton Oilers fizeram um clássico canadense (berço do esporte) com duas partidas : uma entre ex-jogadores e outra entre os que estavam atuando pela liga. O evento foi um sucesso e levou mais de 57 mil pessoas ao Commomwealth Stadium. O jogo também foi ao ar-livre.

Mas voltando ao clássico americano, o local escolhido foi o Ralph Wilson Stadium, onde normalmente o Buffalo Bills (da liga de futebol americano) costuma mandar seus jogos.
O público respondeu a convocação e lotou o estádio com 71.217 pessoas.

É isso mesmo : mais de 70.000 pessoas em pleno feriado de Ano Novo foram a um estádio de futebol para ver um jogo onde mal se vê o puck (a "bola" do esporte), mal se vê as traves e mal se vê os jogadores em quadra. E debaixo de uma neve terrível, com 1 grau negativo de temperatura. Qual a explicação pra esse fenômeno ???

Paixão. Pelo time, pelo esporte, e também o atrativo de ser um jogo ao ar-livre.

O Pittsburgh ganhou no shootout (espécie de decisão por pênaltis) após empate em 1-1 no tempo regular (três períodos de 20 minutos cada).

No link abaixo há uma sequência de fotos (de alta resolução) incríveis para se ter uma idéia da dimensão do evento. Muito legal.

http://sports.espn.go.com/espn/flash/zoomGallery?section=gen&photoGalleryId=3176292
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e ama hockey no gelo, além de torcer para o Dallas Stars.

03 janeiro 2008

Campeonato Inglês


O milionário campeonato já está no 2º turno e a briga pela liderança está bem acirrada.

O Arsenal está na frente com 50 pontos ganhos e apenas uma derrota em 21 jogos até aqui, mas o time londrino está sendo seguido bem de perto pelo Manchester United que soma 48 pontos e tem o mesmo número de vitórias do líder.

Em 3º lugar vem o Chelsea com 44 pontos e em seguida o Manchester City, uma grata surpresa na temporada, com 39 pontos somados.

A briga pela artilharia também está boa. O português Cristiano Ronaldo, do Manchester United lidera com 13 gols anotados, Adebayor do líder Arsenal vem logo atrás com 12 e perto deles mais quatro grandes artilheiros : Anelka (Bolton), Robbie Keane (Tottenham), Roque Santa Cruz (Blackburn) e Fernando Torres (Liverpool), todos com 10 gols marcados.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e considera o Campeonato Inglês apaixonante em todos os aspectos.

02 janeiro 2008

Campeonato Italiano


Na terra da bota, a Internazionale está no caminho certo para o tricampeonato nacional.

Com sete pontos de vantagem (42 a 36) para o segundo colocado, a "Neroazzurra" tem o melhor ataque e a melhor a defesa da competição, além de ter ganhado do maior rival (Milan) na última rodada de 2007, logo depois do rubro-negro milanês conquistar o Mundial de Clubes no Japão.

Como se não bastasse, em 17 jogos o time ainda não sabe o que é perder na competição.

A briga pelo 2º lugar está concentrada entre a Roma e a Juventus, o time da capital tem 36 pontos contra 35 da "Vecchia Signora" e ambas equipes vão lutar muito pra chegar perto da Inter no 2º turno.

O Milan tem apenas 18 pontos ganhos e está em 12º lugar, mas por causa do Mundial de Clubes, tem três partidas a menos que os demais, e mesmo que vença os três jogos ainda ficará longe dos líderes.

Entre os "matadores", o francês Trezeguet, da Juve está na ponta com 13 gols, seguido de perto pela dupla da Internazionale : o argentino Julio Cruz com 10 gols e o sueco Ibrahimovic com 9 tentos, ao lado de Mutu (Fiorentina) e Totti, da Roma.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e está torcendo muito para que a Inter conquiste o tricampeonato italiano.

Campeonato Alemão

O campeonato alemão também já encerrou seu 1º turno e só voltará a ser jogado em Fevereiro, devido ao forte inverno.

Na ponta da tabela o Werder Bremen divide a liderança com o poderoso Bayern Munique, que montou um timaço pra tentar apagar a péssima temporada de 2007. Ambas equipes somam 36 pontos, mas o time verde tem uma vitória a mais.

Só que a briga pelo título não está restrita apenas aos dois times, o Hamburgo aparece em 3º lugar com 32 pontos e um time muito bem arrumadinho pra repetir o bom desempenho do 1º turno, e o Bayer Leverkussen com 30 (em 4º lugar) também é candidato a entrar na disputa.

Para se ter uma idéia do equilíbrio das forças, basta dar uma espiada nos artilheiros da competição : Diego (Werder Bremen), Luca Toni e Klose (Bayern Munique) e Rafael Van der Vaart (Hamburgo) dividem o topo dos marcadores com 9 gols cada um.

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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e acha o Campeonato Alemão um dos mais equilibrados da Europa, mesmo com a supremacia do Bayern Munique ao longo dos anos.

Campeonato Francês

O 1º turno já acabou na França e o Lyon (atual hexacampeão) está na liderança com 39 pontos ganhos, mas desta vez a superioridade do time de Juninho Pernambucano não é tão grande como nos anos anteriores.
Depois de um começo arrasador, o Nancy perdeu um pouco o ritmo mas segue na cola do líder e já somou até aqui 35 pontos, nada mal se levarmos em conta que a equipe perdeu apenas dois de seus 19 jogos (o Lyon já perdeu quatro, por exemplo) e que ainda possui a melhor defesa (apenas 11 gols sofridos).

Times tradicionais como Mônaco, Olympique de Marseille e Paris St. Germain ocupam posições medianas na tabela (9º, 10º e 16º respectivamente) e estão longe dos seus bons tempos de glória.

Entre os artilheiros, Benzema do Lyon já anotou 12 vezes, seguido por Elmander (Toulouse), Niang (Olympique) e De Melo (Le Mans) com 10 gols cada um.

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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e aposta em mais um título do Lyon, o sétimo consecutivo.

Campeonato Português


Na terra de Cabral, o Porto segue dando as cartas.

O time azul e branco lidera com folga (35 pontos), e tem tudo pra manter a hegemonia e conquistar mais um troféu para sua coleção.

A campanha do "Dragão" é espetacular até o momento, em 14 partidas foram 11 vitórias, 2 empates e só uma derrota. Em 2º lugar está o Benfica (28 pontos) e o Sporting vem em 3º com 26 pontos ganhos.

Como é de costume a briga deve mesmo ficar restrita entre os três maiores clubes do país, já que falta apenas uma rodada para o final do 1º turno e as demais equipes não possuem elencos tão bom o suficiente para fazer frente ao trio.

Na tabela de artilheiros o argentino Lisandro López, do Porto está disparado na frente com 11 gols, quase o dobro dos seus seguidores Linz (Braga), Makukula (Marítimo) e Nuno Gomes (Benfica) que marcaram 6 vezes cada um.
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e não vê muita graça no Campeonato Português.