18 dezembro 2007

Retrospectiva - Taça Libertadores da América

Pela 6ª vez na história (a terceira em solo brasileiro) o Boca Juniors é o campeão da Libertadores da América.

O time argentino fez uma final impecável contra o Grêmio e com a perfeita condução desse genial Riquelme conquistou mais uma vez o torneio mais importante do continente.

A campanha do título do Boca começou no dia 14 de Fevereiro quando empatou em 0-0 com o Bolívar, em La Paz, pela 1ª rodada do Grupo 7, que tinha ainda o Cienciano do Peru e o Toluca do México. Era um grupo bem equilibrado, onde o Boca teria que jogar três vezes em cidades com altitudes enormes.

Depois da estréia, uma vitória por 1-0 em cima do Cienciano na Bombonera e fechando os jogos de ida do grupo, a primeira derrota na competição : 0-2 para o Toluca, no México.

Nos jogos da volta, já veio a revanche contra o Toluca e o Boca sapecou um 3-0 pra cima dos mexicanos, depois jogando na altitude de Cuzco o time argentino sofreu nova derrota (0-3) para o Cienciano, o que obrigava a equipe a vencer o Bolívar em Buenos Aires por uma diferença de três ou mais gols, na rodada final.

O Boca fez mais que isso, enfiou um 7-0 histórico e se garantiu nas oitavas de final da competição. Agora sim, a Libertadores começava de verdade para os "xeneizes".

Logo de cara um adversário caseiro : o Vélez Sarsfield, do técnico Ricardo LaVolpe, que um ano antes dirigia o Boca. No jogo de ida em La Bombonera, 3-0 Boca com facilidade, esse jogo ficou marcado pela entrada criminosa do goleiro Sessa em Palacio, um golpe de karatê pra oriental nenhum botar defeito.

http://br.youtube.com/watch?v=ntsj8C_V7Tw

Na partida da volta, no campo do Vélez, o Boca sofria sua 3ª derrota (1-3), mas com o gol de Riquelme marcado aqui, o time passava adiante graças ao regulamento que fazia o gol de visitante pesar a favor. Agora o adversário nas quartas de final seria o Libertad do Paraguai.

O primeiro jogo foi na Bombonera, o Boca jogou muito mal e empatou em 1-1, deixando no ar uma certa dúvida ao seu prosseguimento na competição. Mas no dia 24 de Maio, em Assunicón, a equipe argentina mostrou todo seu lado copeiro e venceu por 2-0 com direito a um golaço de Riquelme que começava a chamar pra si a responsabilidade de conduzir o Boca à final.

Mas antes da decisão haveria o confronto contra o Cúcuta Deportivo, uma grata revelação dessa edição da Libertadores. O time colombiano já havia deixado pra trás o Toluca (com uma goleada de 5-1) e o Nacional do Uruguai (três vezes campeão continental). O grande destaque desse time era o atacante panamenho Blas Pérez e também o lateral Bustos, que depois veio jogar o Brasileirão pelo Grêmio.
Na 1ª partida em Cúcuta, o Boca nem viu a cor da bola e tomou de 3-1, fora o baile. Mas como sempre a camisa pesa na hora"h" e os colombianos tinham que vir jogar em La Bombonera.
E na noite do dia 07 de Junho, desceu sobre Buenos Aires um nevoeiro terrível, uma neblina que quase cancelou a partida, mas ela aconteceu e foi a vez do Boca desfilar em campo e meter um 3-0 incontestável para chegar em mais uma decisão de Libertadores (a 5ª em 8 anos).

Do outro lado, o Grêmio estava esperando, depois de eliminar o São Paulo, o Defensor (nos pênaltis) e o Santos, numa semifinal eletrizante.
Méritos totais a essa boa equipe gaúcha que em 2005 ressuscitava para o futebol vencendo a Série B do Campeonato Brasileiro. Um grande salto, sem dúvidas.

Porém, o Boca praticamente resolveu tudo na partida de Buenos Aires, onde venceu por 3-0 sem deixar o Grêmio pressionar. Na partida volta em Porto Alegre, a torcida gaúcha empurrou, apoiou, fez a sua parte, mas dentro de campo o Boca, ou melhor, Riquelme deu outro show e com dois gols levou os "xeneizes" novamente ao lugar mais alto do pódio. E só não foi outro 3-0 porque pra variar, Palermo desperdiçou uma penalidade.

http://br.youtube.com/watch?v=201jfRaK4Xg&feature=related (Jogo de Ida)

http://br.youtube.com/watch?v=o9BoTdziWNE&feature=related (Jogo de Volta)
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Ricardo Inocencio é colunista do Futebol e Etc., e considera o Boca Juniors o time mais temido da América do Sul quando o assunto é Libertadores.

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